Daiane Cristina, de 31 anos, acusada de sequestrar duas irmãs no bairro Flores do Campo, em Londrina (PR), foi agredida por populares e está hospitalizada. A mulher recebeu liberdade provisória da Justiça na tarde de segunda-feira (9), após ser presa em flagrante no sábado (7), mas acabou sendo alvo da revolta da comunidade.

Segundo relatos, moradores agrediram Daiane com socos e chutes assim que ela retornou ao bairro, o que a levou a ser socorrida por uma equipe da Guarda Municipal. Ela foi encaminhada ao Hospital Zona Norte, onde permanece internada sem previsão de alta. Apesar dos ferimentos, seu estado de saúde não é considerado grave. Daiane afirmou às autoridades que não pretende voltar para a região após o episódio de violência. A mãe dela, de 55 anos, também foi agredida durante a confusão.

A Secretaria Municipal de Assistência Social deve acompanhar o caso e deve definir para onde Daiane será levada após a alta hospitalar. Ninguém foi preso pelas agressões, que foram registradas em vídeo e divulgadas nas redes sociais.

Daiane foi detida após levar duas meninas, Ana Beatriz e Ana Clara Julião da Silva, de 5 e 11 anos, para a cidade de Mauá da Serra, a cerca de 80 km de Londrina. As crianças desapareceram na sexta-feira (6) após irem até a casa dela para jogar videogame e só foram encontradas no sábado (7), após a denúncia de um motorista que transportava o grupo.

Em depoimento, Daiane disse que queria apenas levar as meninas para passear e afirmou ser mãe adotiva das crianças. Ela também declarou ter diagnóstico de esquizofrenia. A Justiça, no entanto, determinou que ela está proibida de se aproximar das vítimas. A Polícia Civil investiga a possibilidade de sequestro, cárcere privado e até crimes mais graves, já que as meninas foram encontradas sem peças íntimas, o que gerou preocupação quanto a possíveis abusos.

As irmãs foram encaminhadas ao Conselho Tutelar e devem passar por exames e acompanhamento psicológico. A investigação segue em andamento para esclarecer os fatos e a real motivação de Daiane. Enquanto isso, ela responde em liberdade, sob medidas cautelares impostas pela Justiça.