Mulheres protestam contra extinção da Secretaria Municipal dos Direitos das Mulheres em Londrina
No dia 17 de janeiro, representantes do Conselho se reuniram com o prefeito para expor as preocupações sobre a extinção da Secretaria e solicitaram reconsideração da proposta. No entanto, até o momento, não houve uma resposta concreta da administração municipal. ...

Na manhã desta sexta-feira (7), um ato organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres reuniu dezenas de pessoas em Londrina. O protesto, liderado pela presidenta do Conselho, Sueli Galhardi, teve como principal objetivo reivindicar a manutenção da Secretaria Municipal das Mulheres e impedir sua extinção na atual gestão da prefeitura. “O 8 de março é um dia de luta das mulheres, de reafirmação das nossas conquistas. Queremos nossos direitos garantidos com igualdade, autonomia e respeito”, afirmou Galhardi. Para o Conselho, a extinção da Secretaria representa um retrocesso significativo na luta pelos direitos das mulheres, pois impacta diretamente políticas públicas essenciais.
O movimento também destaca que a desigualdade de gênero ainda é um problema estrutural na sociedade. “Se houvesse igualdade real, não teríamos tantos casos de violência e feminicídio. A extinção dessas secretarias enfraquece ainda mais o combate às desigualdades”, pontuou a presidenta do Conselho. Durante o ato, os organizadores coletaram assinaturas para um abaixo-assinado contra a medida. Mais de 300 assinaturas foram registradas. “Nosso objetivo é dar visibilidade à população e informá-la sobre o impacto negativo dessa decisão”, explicou Sueli.

Foto: Carolina Thomaz de Aquino
O Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Londrina existe há 26 anos e é um dos primeiros do Brasil. Entre suas conquistas, destacam-se a luta pela delegacia da mulher com funcionamento 24 horas, a criação de juizados especializados em violência contra a mulher e o fortalecimento da rede de enfrentamento à violência de gênero. No dia 17 de janeiro, representantes do Conselho se reuniram com o prefeito para expor as preocupações sobre a extinção da Secretaria e solicitaram reconsideração da proposta. No entanto, até o momento, não houve uma resposta concreta da administração municipal.
Para as manifestantes, a falta de clareza gera insegurança para os servidores e para as políticas públicas já estabelecidas. “Não podemos permitir que um direito conquistado com tanta luta seja apagado dessa forma. Queremos que as estruturas sejam mantidas e fortalecidas”, concluiu Sueli Galhardi.