“Não foi confronto, foi execução”: Protesto contra violência policial reúne manifestantes em Londrina
Com faixas e cartazes, os manifestantes clamaram por justiça e entoaram palavras de ordem como "Londrina vai parar se a justiça não chegar" e "Não foi confronto, foi execução"...

Na manhã deste sábado (1º), o Movimento Justiça por Almas – Mães de Luto em Luta, organizou um protesto no Calçadão de Londrina, em frente às Casas Pernambucanas, contra a violência policial. O ato, que teve início às 10h, foi convocado em parceria com outros movimentos e entidades e marca os 15 dias das mortes de Kelvin Willian Vieira dos Santos, de 16 anos, e Wender Natan da Costa, de 20 anos, baleados por policiais militares no dia 15 de fevereiro, no Jardim Santiago. Com faixas e cartazes, os manifestantes clamaram por justiça e entoaram palavras de ordem como “Londrina vai parar se a justiça não chegar” e “Não foi confronto, foi execução”.
Movimento Justiça por Almas
Criado em 2022, o movimento é composto por familiares de vítimas da violência policial em Londrina e região. O grupo atua na luta por justiça, denunciando abusos das forças de segurança e cobrando respostas das autoridades sobre casos de letalidade policial. O protesto deste sábado reforça o pedido por investigações rigorosas e pela responsabilização dos envolvidos na morte dos dois jovens.
O caso
Na noite do sábado, 15 de fevereiro, por volta das 22h30, uma equipe da Polícia Militar – Choque se deparou com um veículo suspeito na Rua Belmiro de Oliveira, no Jardim Santiago, na zona oeste de Londrina (PR). De acordo com o boletim de ocorrência, o carro possuía as mesmas características e placa de um automóvel envolvido em furtos a residências nas regiões oeste e norte da cidade. Ainda segundo a polícia, durante a tentativa de abordagem, os suspeitos reagiram, dando início a um confronto armado, que resultou em dois óbitos. Os policiais apreenderam o veículo e duas armas. Os moradores se revoltaram com a ação dos policiais, alegando que os dois adolescentes não tinham envolvimento com o crime. Houve protesto e confusão durante a noite de sábado. Os manifestantes fecharam parte da BR 369, em frente a Bratac.