Um dado curioso divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (4) chamou atenção: 8.149 brasileiros se chamam Natal — mas nenhum deles mora na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. A informação faz parte do estudo “Nomes no Brasil”, baseado no Censo 2022, que detalha os nomes e sobrenomes mais presentes no país.

Além do Rio Grande do Norte, estados como Amapá, Alagoas e Sergipe também não possuem nenhum morador registrado com esse nome. O levantamento mostra ainda que o nome “Natal” alcançou seu auge nas décadas de 1960 e 1970, período em que mais de dois mil registros foram feitos. Com uma idade média atual de 58 anos, o nome praticamente desapareceu das certidões: entre 2010 e 2019, apenas 40 crianças receberam esse registro.

O estado de São Paulo concentra o maior número de brasileiros chamados Natal, somando 2.535 ocorrências. Já Goiás e Tocantins têm a maior proporção, cerca de 0,01% da população local. Apesar de remeter à data mais festiva do ano, o nome perdeu espaço para tendências modernas e influências internacionais.

No próprio Rio Grande do Norte, prevalecem os clássicos: Maria, com mais de 363 mil registros, e José, que representa cerca de 4,2% dos nomes masculinos. Entre os sobrenomes, Silva segue na liderança, seguido por Oliveira e Santos. Segundo o IBGE, escolhas como “Natal” refletem épocas em que nomes religiosos e alusivos a datas especiais eram comuns — uma moda que não se manteve nos últimos anos.

Mesmo assim, a curiosidade permanece: entre os milhares de brasileiros chamados Natal, nenhum vive justamente na capital que leva o mesmo nome. Uma coincidência geográfica que tornou o levantamento ainda mais interessante.