Nepal honra os cães com festival de reverência e amor – exemplo de respeito que o mundo deveria seguir
Kukur Tihar celebra a lealdade dos cães e reforça a conexão espiritual entre humanos e animais

Em um mundo marcado por políticas públicas retrógradas e pela persistência de práticas cruéis contra animais, como a carrocinha e a eutanásia indiscriminada — medidas condenadas, inclusive, pelo Código Estadual de Defesa dos Animais do Rio Grande do Norte (Lei 10.831) — o Nepal oferece uma poderosa lição de humanidade e respeito com o Kukur Tihar, festival que celebra a lealdade e o papel espiritual dos cães.
Parte das comemorações do Tihar, uma das festividades mais importantes do país, o dia dedicado aos cães é um verdadeiro tributo à sua amizade incondicional. Cães de rua e domésticos são honrados com guirlandas de flores (mala), tika vermelho na testa (símbolo de bênção) e alimentos especiais. Não há distinção: todos são tratados como seres dignos de respeito e reverência.
A tradição se ancora na mitologia hindu, onde cães são considerados guardiões espirituais do deus Yama, senhor da morte. Ao homenageá-los, os nepaleses acreditam garantir proteção e boa sorte, unindo espiritualidade e compaixão numa prática milenar que reforça o vínculo entre humanos e animais.
O Kukur Tihar não é apenas um festival; é um lembrete poderoso de que os animais merecem cuidado, dignidade e inclusão. Em tempos em que ainda se debate a legalidade de sacrificar cães abandonados como política pública, o exemplo do Nepal se torna ainda mais relevante — e urgente.
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