Novembro Azul: Câncer de próstata também afeta homens jovens e tende a ser mais agressivo, alerta oncologista
Especialista destaca que histórico familiar e mutações genéticas elevam o risco e exigem atenção redobrada antes dos 50 anos

Embora o câncer de próstata seja mais comum após os 50 anos, casos entre homens jovens vêm aumentando e costumam apresentar maior agressividade, segundo o oncologista Mário Liberati, da Oncoclínicas Londrina. Ele alerta que o diagnóstico precoce é essencial, especialmente para quem tem histórico familiar da doença. “Em faixas etárias mais jovens, o tumor tende a ser mais resistente ao tratamento e com maior chance de recidiva”, explica o médico.
Um levantamento do Observatório de Oncologia, com base em dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), aponta que a incidência entre homens de 20 a 49 anos cresceu 5% em 20 anos. Liberati ressalta que fatores genéticos estão entre as principais causas, incluindo mutações nos genes BRCA 1 e 2, e recomenda que homens com familiares que tiveram câncer de próstata, mama ou ovário iniciem os exames a partir dos 40 anos.
O tratamento segue os mesmos protocolos aplicados a outras idades, mas pode incluir terapias direcionadas quando há mutações genéticas identificadas. Com mais de 71 mil novos casos anuais estimados até 2025, o câncer de próstata segue como um dos principais desafios de saúde pública no país. “É hora de quebrar tabus — o câncer de próstata não é exclusividade dos mais velhos. Prevenção salva vidas”, reforça o oncologista.
Entre os sintomas que exigem atenção, o Ministério da Saúde destaca: dificuldade para urinar, aumento da frequência urinária noturna, jato fraco ou interrompido e presença de sangue na urina ou no sêmen.

