O número de brasileiros que moram sozinhos cresceu de forma expressiva nos últimos 12 anos. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024, 18,6% dos domicílios do país eram ocupados por apenas uma pessoa — o equivalente a 14,4 milhões de lares. Em 2012, essa proporção era de 12,2%, ou 7,5 milhões de residências. O levantamento da Pnad Contínua aponta que o fenômeno está diretamente ligado ao envelhecimento populacional. Nesse período, a parcela de pessoas com 65 anos ou mais passou de 7,7% para 11,2%. Hoje, 40% dos domicílios unipessoais são ocupados por pessoas com 60 anos ou mais, muitas vezes viúvos ou idosos cujos filhos já constituíram suas próprias famílias.

Outro fator apontado pelo estudo é a migração por trabalho, especialmente em grandes centros urbanos, onde é comum que profissionais se mudem sozinhos em busca de emprego ou estabilidade antes de levar a família. A pesquisa mostra ainda que, em 2024, quatro estados superaram a marca de 20% de domicílios com apenas um morador: Rio de Janeiro (22,6%), Rio Grande do Sul (20,9%), Goiás (20,2%) e Minas Gerais (20,1%). Já os menores índices estão no Maranhão (13,5%), Amapá (13,6%), Amazonas (14,1%), Pará (14,6%) e Roraima (14,7%). Entre os 14,4 milhões de pessoas que moravam sozinhas no país em 2024, 55,1% eram homens, a maioria deles (57,2%) entre 30 e 59 anos. No caso das mulheres, 44,9% do total, o predomínio está na faixa etária acima de 60 anos, que representa 55,5% desse grupo. Com informações: Agência Brasil