Anna Haining Swan e Martin Van Buren Bates formaram um dos casais mais fascinantes da história. Ambos diagnosticados com gigantismo, eles se conheceram durante uma turnê nos Estados Unidos e ficaram conhecidos mundialmente como o “Casal Mais Alto do Mundo”, título que mantêm até hoje nos registros históricos.
Anna nasceu em 1846, no Canadá, em uma família de estatura comum, mas desde criança apresentava um crescimento impressionante. Aos 11 anos, já era mais alta que o pai, e atingiu 2,28 metros aos 19 anos. Inteligente e talentosa, dava aulas de teatro e tocava instrumentos musicais, além de trabalhar em circos, onde sua altura chamava ainda mais atenção ao lado do anão Tom Thumb.
Durante uma excursão com o famoso empresário de circo PT Barnum, Anna conheceu Martin Bates, um ex-capitão do Kentucky que também era gigante, com 2,25 metros. O romance foi imediato, e em 1871 eles se casaram em Londres. A cerimônia foi tão inusitada que chamou atenção do mundo todo — inclusive da Rainha Vitória, que presenteou o casal com relógios de ouro sob medida.
Eles se mudaram para Seville, Ohio, onde Martin construiu uma casa completamente adaptada para suas alturas, com tetos, portas e móveis gigantes. Ao fundo, uma casa de tamanho normal foi feita para receber visitas.
A vida familiar, porém, teve desafios. O primeiro filho do casal morreu no parto, e o segundo, registrado no Guinness como o maior bebê nascido até então, viveu apenas 11 horas. Apesar das perdas, continuaram a se apresentar em turnês com o circo.
Anna faleceu em 1888, aos 41 anos. Martin encomendou da Europa uma enorme estátua para marcar o túmulo da esposa. Ele morreu anos depois, em 1919, sendo sepultado ao lado de Anna — encerrando a história de um casal que, literalmente, marcou época com sua altura e humanidade.
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