Observatório de Gestão Pública aponta contradições entre discurso de contenção e aumento de gastos em Londrina

Entre as medidas citadas estão o acúmulo de vencimentos de secretários municipais, a criação do serviço Londrina On e investimentos na TV Câmara, projetos que somam valores expressivos

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Foto: Emerson Dias/ Arquivo NCom

O Observatório de Gestão Pública de Londrina divulgou uma manifestação em que demonstra preocupação com a postura do Executivo e do Legislativo municipal em relação à gestão orçamentária e aos gastos públicos. A entidade afirma estar acompanhando e avaliando o tema, destacando contradições entre o discurso oficial de contenção de despesas e as ações recentemente adotadas.

Segundo o Observatório, desde o início do mandato, o prefeito de Londrina tem afirmado que o município enfrenta um déficit orçamentário, argumento que embasou o projeto de lei orçamentária para 2026, o qual prevê cortes em áreas consideradas essenciais, como a assistência social. No entanto, a entidade aponta que novas despesas vêm sendo criadas, o que, na avaliação do Observatório, não condiz com o discurso de dificuldades financeiras. Entre as medidas citadas estão o acúmulo de vencimentos de secretários municipais, a criação do serviço Londrina On e investimentos na TV Câmara, projetos que somam valores expressivos.

Para o órgão, essas ações “ferem o princípio da boa-fé administrativa”, segundo o qual a gestão pública deve atuar com clareza, lealdade e coerência em relação aos cidadãos. O Observatório defende que, em um cenário de restrição orçamentária, as prioridades devem ser voltadas à manutenção de serviços essenciais e à melhoria da arrecadação, evitando gastos considerados desnecessários. A entidade também critica a autorização de investimentos de mais de R$ 10 milhões em projetos de comunicação institucional, enquanto se propõe reduzir R$ 17 milhões da área de assistência social. Para o Observatório, a medida é “inoportuna e inconveniente”, por contrariar o princípio da eficiência do gasto público.

O texto ainda ressalta que o Legislativo municipal, responsável pela fiscalização das contas do Executivo, deveria agir de forma coerente com o cenário financeiro apresentado e zelar pela responsabilidade na aplicação dos recursos públicos. Segundo o Observatório, a boa-fé, a oportunidade e a conveniência são princípios fundamentais da administração pública e, em períodos de contenção, ampliar despesas em áreas não essenciais representa uma incoerência com o próprio discurso de austeridade. Com informações: Assessoria de Imprensa.

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Redação Paiquerê FM News

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