Paraná amplia investimentos em lazer ao ar livre para reduzir tempo de tela entre crianças
Os investimentos acompanham o alerta de entidades sobre o uso excessivo de telas. Segundo o Datafolha, 78% das crianças de até 3 anos e 94% das de 4 a 6 anos usam dispositivos digitais diariamente, por cerca de três horas — mais que o dobro do recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria

O Governo do Paraná vem ampliando espaços públicos de lazer ao ar livre com o objetivo de estimular atividades físicas, convivência familiar e reduzir o tempo de exposição de crianças às telas — que hoje ocupa cerca de um terço do tempo livre, segundo a Fundação Abrinq. Desde 2019, o Estado investiu R$ 1,1 bilhão em obras de esporte e recreação, por meio da Secretaria das Cidades (Secid). Os investimentos incluem ginásios, quadras, arenas multiúso, campos de grama sintética, parquinhos, ciclovias, academias ao ar livre e praças equipadas. Dez ginásios estão em execução, com destaque para projetos em Marechal Cândido Rondon, Mariópolis e Sapopema, que já atingiram 80% de conclusão. Em Planalto, no Sudoeste, está em andamento o maior ginásio já licitado pela pasta, orçado em R$ 13,2 milhões.
O Estado também concluiu oito pistas de skate, incluindo a de Cascavel — a maior obra de lazer do município — e a de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Atualmente, quase R$ 70 milhões em estruturas de esporte e lazer estão em execução. Pelo Programa Meu Campinho, que reúne estruturas modulares para crianças e jovens, o investimento já supera R$ 251 milhões. O programa levou 411 campos de grama sintética e 975 módulos complementares para 234 municípios, com novas unidades em implantação em 38 cidades.
Os investimentos acompanham o alerta de entidades sobre o uso excessivo de telas. Segundo o Datafolha, 78% das crianças de até 3 anos e 94% das de 4 a 6 anos usam dispositivos digitais diariamente, por cerca de três horas — mais que o dobro do recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia aponta aumento de 70% nos casos de miopia infantil nos últimos quatro anos. Com informações: AEN

