A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) divulgou, nesta segunda-feira (17), as 20 contribuições do Paraná para a mitigação dos efeitos das adversidades climáticas, que serão apresentadas na Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), marcada para maio, em Brasília (DF). Essas propostas resultam da 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente e Mudança do Clima (CEMA/PR), realizada na semana passada, em Curitiba. Ao todo, mais de 650 contribuições foram analisadas nas conferências municipais, agrupadas em cinco eixos temáticos: mitigação (redução de gases de efeito estufa e incentivo a tecnologias sustentáveis), adaptação e preparação para desastres (medidas para fortalecer a resiliência climática), transformação ecológica (modelos sustentáveis de produção e regeneração), justiça climática (equidade na distribuição dos benefícios) e governança e educação ambiental (participação social e conscientização sobre mudanças climáticas).

Entre as propostas paranaenses, destacam-se a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, o incentivo à mobilidade urbana sustentável, a fiscalização para garantir o cumprimento dos planos diretores e evitar ocupações irregulares, além da proteção de recursos hídricos. Também foi sugerido o fomento à coleta seletiva, à moeda verde e a criação de um fundo específico para educação ambiental climática gerido por conselho municipal.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, destacou que as propostas refletem o trabalho realizado de forma organizada e discutido amplamente pelos municípios do Paraná. “São propostas significativas, que demonstram o que o paranaense pensa para mitigar os efeitos da mudança climática. E, tenho certeza, com impacto positivo nas condições ambientais do nosso Estado e do País”, afirmou.

Além das propostas, a etapa estadual também elegeu 36 delegados para representar o Paraná na Conferência Nacional do Meio Ambiente. O grupo será composto por 16 representantes da Sociedade Civil, oito do setor privado, quatro de comunidades tradicionais, quatro do Governo do Paraná e quatro de governos municipais.

Segundo Souza, o Paraná é uma referência em sustentabilidade e seu time de delegados tem muito a contribuir com o Brasil. “É isso o que esse time de estudiosos do clima vai fazer em Brasília em maio”, afirmou. Rafael Andreguetto, diretor de Políticas Ambientais da Sedest, acrescentou que a diversidade de contribuições é resultado de uma discussão ampla, democrática e colaborativa, buscando encontrar o melhor caminho para um tema tão relevante para o planeta. Com informações da AEN.