O Paraná se firmou como referência nacional em cuidados paliativos, modalidade de atendimento que prioriza o alívio do sofrimento e a qualidade de vida de pacientes com doenças graves e de seus familiares. Desde 2019, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) incorporou o tema como uma das principais frentes da atenção primária e especializada, tornando o estado um dos quatro do país com equipes habilitadas nacionalmente pelo SUS. Das 14 primeiras equipes reconhecidas pela Política Nacional de Cuidados Paliativos, 10 são do Paraná, todas sediadas em Curitiba, distribuídas entre cinco hospitais e cinco UPAs. Somente entre janeiro e agosto deste ano, mais de 3,8 mil pessoas foram atendidas em diferentes níveis da rede estadual.

De acordo com o secretário da Saúde, Beto Preto, o estado tem ampliado a formação de equipes multiprofissionais, com mais de 10 mil profissionais e 2 mil gestores capacitados desde a criação, em 2023, do Grupo Condutor Estadual de Cuidados Paliativos. Entre as instituições de referência está o Hospital Pequeno Príncipe, habilitado em 2025 como o único centro pediátrico do país a integrar a política nacional. Para a diretora de Vigilância em Saúde, Maria Goretti Lopes, o objetivo é oferecer “suporte emocional, social e espiritual, além do tratamento clínico”. Histórias como a de Franciele Ferreira Kobachuk, mãe de Ana Helena, portadora da Síndrome de Emanuel, exemplificam o impacto desse cuidado humanizado, que garante acolhimento, conforto e dignidade mesmo em situações sem cura.