Paraná investe R$ 70 milhões para ampliar rede de radares meteorológicos e modernizar monitoramento climático
Estado terá cobertura completa com novos equipamentos em sete cidades e modernização da estrutura atual; rede é referência nacional na previsão do tempo

Agosto começou com chuva em várias regiões do Paraná, resultado da passagem de frentes frias monitoradas em tempo real pelos radares do Simepar. Em cidades como Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo, o acumulado já superou 40 mm, enquanto em Curitiba choveu menos de 2 mm. Esse acompanhamento meteorológico detalhado só é possível graças à tecnologia dos três grandes radares que cobrem atualmente todo o estado. Esses equipamentos estão localizados em Curitiba, Teixeira Soares e Cascavel.
Os dois últimos, de banda S, possuem alcance de até 480 km e são instalados em torres com mais de 25 metros de altura. Já o radar da capital, de banda X, cobre um raio de 100 km e fica no prédio do Simepar, no campus da UFPR. Eles funcionam 24 horas por dia, girando e enviando pulsos eletromagnéticos capazes de identificar com precisão o tipo, a localização e a intensidade das precipitações. Um software transforma os dados em mapas tridimensionais e em tempo real. O público pode acessar o mosaico com a sobreposição dos três radares, atualizado a cada dez minutos, no site do Simepar (www.simepar.br), o que facilita o planejamento de agricultores, empresas e moradores de todo o estado.
Novos investimentos e expansão
Para ampliar ainda mais essa estrutura, o Governo do Paraná lançou o projeto Monitora Paraná, que prevê a aquisição de três novos radares meteorológicos com investimento de US$ 6,8 milhões (cerca de R$ 38,4 milhões). Os novos equipamentos serão instalados em Pontal do Paraná (banda X), Campo Magro (banda C) e Jandaia do Sul (banda S). Todos serão do tipo Doppler com polarização dupla, tecnologia de ponta que permitirá maior precisão nos alertas e previsões. Na sequência, está prevista uma nova licitação do projeto Monitora Litoral, que inclui mais três radares, uma boia oceanográfica e novas estações meteorológicas e hidrológicas. Um dos novos aparelhos substituirá o radar de Teixeira Soares, que já opera há mais de 28 anos. Esses investimentos são financiados com recursos da indenização da Petrobras, em razão do vazamento de óleo no Rio Iguaçu, ocorrido em 2000. Somando os dois editais, o total investido chega a R$ 70,4 milhões. Com informações da Agência Estado.