Paraná lidera doações de órgãos no Brasil e HU/UEM se destaca com índice de recusa de apenas 14%

Em 2024, o Paraná alcançou a marca de 42,3 doadores por milhão de população (pmp), mais que o dobro da média nacional, que é de 19,2 pmp. Além disso, apenas 28% das famílias paranaenses recusam a doação – uma taxa significativamente inferior à média brasileira

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Foto: UEM

Apesar dos avanços na área da saúde, a recusa familiar à doação de órgãos ainda é um dos principais entraves para transplantes no Brasil. Segundo dados recentes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), cerca de 46% das famílias brasileiras ainda rejeitam a doação de órgãos de parentes falecidos. No entanto, o Paraná surge como uma exceção positiva nesse cenário. Em 2024, o Estado alcançou a marca de 42,3 doadores por milhão de população (pmp), mais que o dobro da média nacional, que é de 19,2 pmp. Além disso, apenas 28% das famílias paranaenses recusam a doação – uma taxa significativamente inferior à média brasileira. O Paraná segue, assim, pelo segundo ano consecutivo, como líder nacional em doações.

Um dos destaques no Estado é o Hospital Universitário da Universidade Estadual de Maringá (HUM/UEM), onde a taxa de recusa é ainda menor: apenas 14%. Esse número reflete o trabalho dedicado da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), responsável por acolher famílias e conduzir o processo de forma humanizada.

“Desde que o paciente e a família entram no hospital, nós acolhemos e acompanhamos todo o processo”, afirma Rosane Almeida, enfermeira responsável pela CIHDOTT do HUM. A atuação da equipe é contínua e centrada no cuidado com o paciente e seus familiares, o que, segundo ela, faz toda a diferença na hora da decisão.

A abordagem da comissão vai além dos aspectos técnicos e inclui o combate a mitos comuns sobre a doação de órgãos, como o receio de descaracterização do corpo ou a impossibilidade de realizar um velório com caixão aberto. Outro fator que pode influenciar positivamente é a autorização em vida do potencial doador. Embora a legislação brasileira exija que familiares de primeiro ou segundo grau autorizem a doação, a manifestação prévia do desejo de doar pode trazer conforto e segurança para a família no momento da decisão. “Mesmo sendo apenas verbal, essa autorização é respeitada. A vontade da pessoa é levada em consideração”, afirma Rosane.

Com um trabalho multiprofissional, envolvendo enfermeiros, médicos, psicólogos e assistentes sociais, a CIHDOTT do HUM se consolida como referência em acolhimento e conscientização sobre a importância da doação de órgãos. E o Paraná, com índices expressivos, mostra que, com informação e empatia, é possível transformar a dor em esperança para quem aguarda por um transplante. Com informações AEN

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Redação Paiquerê FM News

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