Nas eleições de 2026, o Paraná contará com 31 deputados federais, um a mais do que atualmente, e 55 deputados estaduais, também com acréscimo de uma cadeira. A mudança foi aprovada pelo Congresso Nacional na última quarta-feira (25) e ainda depende de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. A proposta altera a composição da Câmara dos Deputados, que passará de 513 para 531 parlamentares, contrariando a determinação original do Supremo Tribunal Federal (STF), que previa apenas uma redistribuição de cadeiras entre os estados, sem aumentar o número total. A mudança se baseia nos dados do Censo de 2022, que indicaram a necessidade de readequação da representatividade estadual segundo a população.

Com a ampliação, nove estados brasileiros ganharão novas cadeiras – o Paraná entre eles. O impacto financeiro será significativo: o novo deputado federal paranaense custará cerca de R$ 64 milhões por ano, considerando salários, benefícios e estrutura de gabinete. Já o novo parlamentar estadual implicará gasto adicional estimado em R$ 2,5 milhões anuais.

A medida provocou reação contrária de parlamentares. Os senadores Sérgio Moro (União), Oriovisto Guimarães (Podemos) e Flávio Arns (Podemos) se posicionaram contra. Na bancada paranaense da Câmara, 16 deputados votaram contra e nove a favor, incluindo Sérgio Souza (MDB), que defendeu a decisão afirmando que a população deseja mais representatividade e que tem votado de forma consciente.

Já o deputado Aliel Machado (PV) foi contrário à ampliação, argumentando que não é o momento adequado para elevação de gastos públicos. “Estamos discutindo o orçamento federal e, nesse momento de ajuste fiscal, acho que é um equívoco aumentar o número de políticos”, afirmou. Na Assembleia Legislativa do Paraná, o presidente Alexandre Curi (PSD) declarou ser contrário à medida, mas disse que cumprirá a decisão federal.