Pedro Cardoso reflete sobre vaidade e a efemeridade da fama
Ator compartilha pensamentos sobre a vida artística e a relação com a notoriedade

O ator Pedro Cardoso utilizou suas redes sociais nesta segunda-feira (17/3) para compartilhar uma reflexão profunda sobre a vaidade e a natureza transitória da fama. Ao publicar uma imagem de uma pintura de seu icônico personagem Agostinho Carrara, da série “A Grande Família”, em um mural, Cardoso analisou criticamente a vida dos artistas e a busca incessante por reconhecimento público.
Ele relembrou a emoção que sentia ao conceder entrevistas no início de sua carreira e como a ausência de sua imagem nos jornais nos dias subsequentes gerava um sentimento de vazio. Essa experiência o levou a compreender o quão insaciável pode ser o desejo de destaque na sociedade, tornando-se uma armadilha para muitos artistas.
Cardoso também abordou a influência das redes sociais na amplificação desse desejo por visibilidade constante. Ele observou que essas plataformas oferecem aos artistas a oportunidade de serem notícia diariamente, criando uma dependência por elogios e reconhecimento contínuos. Essa dinâmica transforma os artistas em mão de obra quase gratuita para as empresas que lucram com publicidade e disseminação de ideologias, enquanto os artistas se alimentam da ilusão de serem constantemente notados.
Ao refletir sobre a pintura de Agostinho Carrara, o ator destacou que a obra representa seu trabalho e não sua pessoa. Para ele, o ideal seria que o público lembrasse da arte e não necessariamente do artista, permitindo que cada apresentação fosse percebida como uma primeira vez. Cardoso concluiu que a maior glória para um artista é ser esquecido enquanto sua arte permanece viva na memória coletiva.
Siga a Paiquerê FM 98.9 e se mantenha informado: @paiquerefm