O Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para vigorar entre 2025 e 2032, trará avanços significativos na proteção do rebanho paranaense, segundo Otamir Cesar Martins, presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A iniciativa tem como foco principal implementar um sistema de rastreabilidade individual que permitirá registrar o histórico, localização e trajetória de cada animal. Essa medida qualificará os programas de saúde animal, ampliará a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e fortalecerá o cumprimento das exigências sanitárias de mercados internacionais.
Avanços para o Paraná:
Martins destacou que o Paraná, que já possui um sistema de defesa agropecuária robusto, está em posição vantajosa para aplicar o novo plano. “Com a rastreabilidade individual, poderemos realizar uma vigilância mais eficiente e controlar com precisão a origem e movimentação do rebanho, atendendo às crescentes exigências de qualidade do mercado e consumidores”, explicou. Ele também ressaltou que a rastreabilidade atualmente é feita em lotes por meio da Guia de Trânsito Animal (GTA). Com o novo sistema, cada animal será identificado individualmente, permitindo maior transparência e segurança.
Cronograma e aplicabilidade:
Nos dois primeiros anos do PNIB, serão estabelecidos os marcos regulatórios e criado um banco de dados nacional. Os estados terão esse período para desenvolver sistemas locais alinhados ao modelo nacional. A partir de 2027, a identificação será aplicada aos animais nascidos naquele ano, com integração completa prevista até 2032.
No Paraná, que conta com cerca de 10 milhões de cabeças de gado, o Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (Fundepec) conduzirá discussões sobre a implementação. Martins sugeriu que o estado poderá antecipar prazos, devido à relevância da rastreabilidade para mercados que já exigem altos padrões, como Japão, Coreia do Sul e China. Como estado livre de febre aftosa sem vacinação, o Paraná busca expandir sua participação em mercados premium que valorizam proteína animal de alta qualidade e oferecem maior rentabilidade. A aplicação do PNIB fortalecerá essa estratégia, garantindo maior segurança sanitária e competitividade para os produtores locais. Com informações: AEN