Polícia Científica apresenta estudo sobre mortes no trânsito de Londrina; motos lideram em acidentes fatais em 2024
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A Polícia Científica de Londrina divulgou, nesta quarta-feira (05), um levantamento sobre os acidentes de trânsito com óbitos registrados no município ao longo de 2024. De acordo com os dados apresentados pelo médico legista Paulo Vilaça, o ano fechou com um total de 56 vítimas fatais no trânsito. A coleta das informações durou duas semanas e foi baseada em boletins de ocorrência, registros hospitalares e dados da própria Polícia Científica. O estudo aponta um cenário preocupante: homens são a maioria das vítimas fatais, representando 82% dos casos, enquanto as mulheres correspondem a 18%.

O levantamento destaca que motociclistas são as principais vítimas do trânsito, representando quase 52% das mortes. Os jovens, com idade média de 37 anos, são os mais atingidos. Já os idosos aparecem no topo das estatísticas de atropelamentos. Entre as vias mais letais da cidade, o trecho urbano da PR-445 registrou o maior número de óbitos, com seis mortes. Em seguida, vem a Avenida Tiradentes, com três mortes, seguida das Avenidas Leste Oeste, Dez de Dezembro e Luigi Amorese, com duas mortes cada. Essas vias possuem grande fluxo e alta velocidade, o que aumenta a gravidade dos acidentes.

O estudo revela um dado alarmante: 25% das pessoas que morreram atropeladas ou eram ciclistas, ou estavam alcoolizadas. Ou seja, uma em cada quatro vítimas teve a percepção alterada pelo consumo de bebidas alcoólicas, um fator que compromete significativamente a segurança no trânsito. Diante do cenário preocupante, a Polícia Científica pretende apresentar a pesquisa ao prefeito de Londrina, Tiago Amaral, para discutir alternativas para reduzir os acidentes fatais na cidade. O médico legista Paulo Vilaça destacou a necessidade de mudanças estruturais e educativas, como a melhoria na sinalização, reforço da fiscalização e campanhas de conscientização para motoristas e pedestres.