Polícia Federal mira esquema bilionário e cumpre mandados em 12 cidades, incluindo Londrina

As diligências aconteceram em quatro estados, com atuação coordenada de equipes da Polícia Federal e apoio da Receita Federal em dois estabelecimentos comerciais

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Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a Operação Escolta, que cumpre medidas cautelares contra integrantes de uma organização criminosa transnacional especializada no descaminho de celulares de alto valor provenientes do Paraguai, além de lavagem de dinheiro e, secundariamente, tráfico internacional de armas e munições. Londrina está entre os 12 municípios onde as ações ocorrem simultaneamente. Ao todo, são cumpridos 5 mandados de prisão preventiva, 35 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares, incluindo monitoramento eletrônico por tornozeleira. Também foi determinado o sequestro e bloqueio de bens e valores que somam cerca de R$ 57 milhões. As diligências aconteceram em quatro estados, com atuação coordenada de equipes da Polícia Federal e apoio da Receita Federal em dois estabelecimentos comerciais.

Segundo a PF, as investigações — realizadas entre 2024 e 2025 — identificaram que os produtos ingressavam ilegalmente no Brasil pela Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu. Para isso, eram utilizados motoqueiros transportando “cotas”, veículos com fundos falsos e, ainda, rotas fluviais clandestinas pelo rio Paraná. Após a entrada no país, a carga era inicialmente armazenada em um hotel em Foz do Iguaçu, depois enviada para residências em condomínios fechados e, na sequência, transportada para Curitiba, Norte do Paraná e outros centros consumidores do país em caminhões com compartimentos ocultos.

Durante o período investigado, foram registradas 16 apreensões de eletrônicos, avaliados em mais de R$ 13 milhões. A PF também identificou que, em menos de um ano, uma única investigada internalizou irregularmente mais de R$ 50 milhões em celulares. A organização criminosa utilizava escoltas armadas para proteger o transporte das mercadorias e adotava métodos de contrainteligência, como uso de equipamentos de raio-X e bloqueadores de sinal (jammers), para dificultar a fiscalização. Com informações: Polícia Federal.

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Redação Paiquerê FM News

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