Polícia rodoviária federal aponta aumento de mortes nas rodovias do Paraná em 2024
Os engavetamentos registraram aumento. O número de óbitos nesses acidentes cresceu 300%, com os casos saltando de 89 para 102, e as mortes de 6 para

Até setembro deste ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontou para um aumento no número de mortes nas rodovias do Paraná em 2024, com um crescimento de quase 8% em relação ao mesmo período de 2023. Foram 443 vítimas fatais em acidentes nas rodovias paranaenses, 32 a mais que no ano anterior. O aumento das mortes foi acompanhado por uma alta de 5,7% no número de acidentes e de 6,5% no número de feridos.
Esse cenário de alta já havia sido detectado no final do primeiro e segundo trimestres, quando a PRF Paraná emitiu alertas, pedindo maior responsabilidade dos motoristas e intensificando a fiscalização de condutas associadas a acidentes. Entre os tipos de sinistros mais letais, destacam-se a colisão frontal e o atropelamento de pedestres. Embora não sejam os tipos de acidentes mais frequentes — ocupam a sétima e a oitava posição no ranking geral — eles são responsáveis pelo maior número de óbitos, representando 46% das mortes nas rodovias. O aumento de 14% nas mortes por colisão frontal e de 7,4% em atropelamentos resultou em 204 vítimas fatais, 22 a mais do que em 2023. Os engavetamentos, acidentes que envolvem três ou mais veículos em colisão traseira, também registraram aumento. O número de óbitos nesses acidentes cresceu 300%, com os casos saltando de 89 para 102, e as mortes de 6 para 18. A PRF reforça que muitos desses acidentes poderiam ter sido evitados com a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos motoristas.
Os acidentes, agora classificados tecnicamente como “sinistros de trânsito”, ocorrem, em grande parte, devido a comportamentos inadequados dos condutores. O termo “acidente” foi substituído, pois sugere algo inevitável, o que os dados da PRF desmentem. Um dos fatores-chave para reduzir a violência no trânsito é respeitar o limite de velocidade. Desde o início do ano, a PRF intensificou a fiscalização de condutas perigosas, especialmente aquelas relacionadas à velocidade excessiva. Entre janeiro e setembro, o número de motoristas flagrados em excesso de velocidade passou de 128.174 para 132.018. Mesmo com uma leve queda, as ultrapassagens proibidas continuam em níveis alarmantes, com uma média de 93 infrações por dia.
Em paralelo, a instituição segue em diálogo com outros órgãos e entidades para melhorar as condições das rodovias e promover uma educação mais eficaz no trânsito. A responsabilidade pela redução de mortes e feridos nas rodovias é compartilhada por todos, mas depende especialmente da atitude individual de cada condutor. Comportamentos mais conscientes e ações de segurança individuais são fundamentais para diminuir a violência nas estradas. Com informações: Site gov.br: polícia rodoviária federal.