Policiais rodoviários do Paraná são investigados por enriquecimento ilícito e têm bens bloqueados
Foto: Dilvulgação / GAECO

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo Regional do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), ajuizou ações civis públicas contra quatro policiais militares vinculados à 2ª Companhia de Polícia Rodoviária do Paraná em Londrina (PR). As ações apontam indícios de enriquecimento ilícito entre 2014 e 2022, com evolução patrimonial desproporcional à renda dos agentes, conforme o artigo 9º, inciso VII, da Lei 8.429/92.

A 1ª Vara da Fazenda Pública da comarca deferiu pedidos liminares nas ações, determinando o bloqueio de bens dos investigados. Os valores bloqueados variam de R$ 169.642,93 a R$ 480.960,34, conforme o aumento patrimonial de cada policial. As investigações começaram após denúncia anônima e incluíram auditorias contábeis, análise de movimentações bancárias e cruzamento de dados fiscais. Relatórios apontaram depósitos em espécie sem origem identificada, saques elevados e frequentes, aquisição de bens incompatíveis com a renda declarada, valorização artificial de propriedades e ausência de registros fiscais.

Há indícios de ocultação e dissimulação de ativos por parte dos investigados. O caso segue sob análise da Justiça, com o objetivo de apurar possíveis práticas de improbidade administrativa e recuperar eventuais prejuízos ao erário público.