A trajetória de Acelino “Popó” Freitas vai muito além dos cinturões conquistados nos ringues. Nascido em Salvador e criado em condições humildes, o tetracampeão mundial viveu em uma casa de 10m² com a família e começou no boxe aos 13 anos, sem sequer conseguir pagar uma academia. A vida difícil moldou sua determinação, mas o caminho até o topo foi cheio de desafios.

Popó revelou que enfrentou problemas com empresários durante a carreira e chegou a ser preso nos Estados Unidos por contratos assinados sem seu conhecimento. “Me prenderam por um erro que não foi meu”, declarou. Desde então, ele passou a cuidar da própria carreira, conquistando independência financeira e controle sobre seus rumos profissionais.

O baiano também encontrou um novo espaço fora do boxe tradicional ao participar do Fight Music Show, enfrentando nomes como Whindersson Nunes. “Foi um divisor de águas. Ele me trouxe para o mundo digital”, disse. Hoje, é figura frequente em eventos que mesclam lutas e entretenimento, conquistando o público jovem.

Mesmo com a fama, Popó nunca esqueceu suas raízes. Ele destaca o apoio da mãe, da ex-esposa e do irmão Luiz Cláudio, sua grande inspiração no esporte. “Se alguém é campeão comigo, é ele”, afirmou.

Entre suas lutas mais marcantes, Popó cita a vitória contra Joel Casamayor e lamenta não ter enfrentado Floyd Mayweather. “Ele correu”, disparou, apesar de reconhecer o talento do americano: “Inteligente, fez fortuna sem se expor tanto”.

Aos 49 anos, Popó segue em atividade e reforça um legado que vai além do boxe: uma história de resiliência, aprendizado e amor pela família.

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