As orelhas dos elefantes africanos são enormes — e não é à toa. Elas têm um papel vital na regulação da temperatura corporal desses gigantes terrestres. Vivendo em ambientes quentes como savanas, florestas tropicais e até desertos, os elefantes precisam manter seu corpo por volta de 36 °C mesmo sob temperaturas escaldantes. É aí que entram essas orelhas que mais parecem leques naturais.

A explicação está na anatomia: as orelhas são ricas em vasos sanguíneos e possuem uma pele fina, ideal para liberar calor. Quando o sangue passa por essa região, o calor é dissipado no ambiente — e o corpo do elefante se resfria. Estima-se que cerca de 12 litros de sangue circulem por minuto nas orelhas, tornando o processo eficiente. É o oposto, por exemplo, do que ocorre com o urso polar, cujas orelhas minúsculas ajudam a conservar o calor em vez de perdê-lo.

Ou seja, longe de serem exageradas, as orelhas gigantes dos elefantes africanos são uma adaptação essencial à sobrevivência em climas quentes. E além disso, ainda ajudam a espantar insetos e servem para comunicação visual entre os indivíduos.