O município de Londrina terá 4 mil novas consultas, até dezembro, nas especialidades de cirurgia-geral, ortopedia, urologia e neurologia para pessoas que estão aguardando o primeiro atendimento, por meio de um convênio com o Hospital Evangélico. O contrato também prevê a realização de exames de raio-x, ultrassonografia, tomografia e ressonância. O anúncio foi feito na segunda-feira (08), pelo prefeito Tiago Amaral (PSD) e pela secretaria municipal de saúde, Vivian Feijó, junto ao Hospital Evangélico.

O prefeito Tiago Amaral afirmou que se estima que entre 20% e 25% dos pacientes atendidos na primeira consulta precisarão passar por cirurgias. “Começaremos fazendo as 4 mil consultas dos pacientes que estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS), que seguirão automaticamente para os exames já contratados com o Hospital Evangélico e, posteriormente, para as cirurgias. Além disso, temos o compromisso de realizar mais 1 mil cirurgias em parceria com o Hospital Evangélico até o final do ano para essas especialidades”, explicou.

O prefeito explicou que, em 2024, o município gastou apenas R$ 1,4 milhão, aproximadamente, nesta área e, infelizmente, cerca de R$ 1 milhão precisou ser devolvido por não ter sido possível executar. “Somando-se a isso o fato de que emendas parlamentares destinadas a Londrina também não foram executadas, acumulou-se um atraso de cerca de 9 mil cirurgias eletivas, sem qualquer perspectiva. Nossa missão agora é garantir que cada londrinense — que depende de cirurgias, exames e da estrutura pública para recuperar a saúde — seja atendido rapidamente. Por isso, estamos integrando o processo, ou seja, o paciente que realiza a consulta já faz os exames em seguida e, se necessário, a cirurgia”, afirmou.

Segundo o prefeito, em 2024 Londrina ocupava a 17ª posição na execução do plano de cirurgias eletivas do Programa Federal de Redução de Filas (PMAE-Cirurgia), hoje incorporado ao programa Agora tem Especialistas. “Naquele ano, a realização de cirurgias foi realmente baixa, mas agora atingimos uma marca histórica: Londrina saltou para a terceira cidade do Paraná em termos proporcionais de cirurgia e, em números absolutos, é a primeira. Isso mostra ao Estado e ao Ministério da Saúde que Londrina está retomando a liderança no cuidado à saúde e ao cidadão, e é exatamente isso que estamos fazendo”, afirmou.

A secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, contou que, neste momento, serão ofertadas 1 mil cirurgias mês, divididos entre especialidades de cirurgia geral, urologia, neurocirurgia e ortopedia nas suas diversas frentes. “Só vão ser atendidos, neste ambulatório, os pacientes atendidos pelo SUS que já passaram pela unidade de saúde, com o clínico-geral, e solicitaram uma consulta especializada. Pode ser que o paciente, após a consulta, precise de cirurgia ou não. Pode ser que ele precise só do medicamento ou ele precise fazer um exame para um diagnóstico maior. E essa é a sacada desse grande ambulatório”, detalhou.

O deputado federal Luiz Carlos Hauly, que também participou do anúncio e que recentemente destinou R$ 500 mil para um mutirão de mil cirurgias eletivas também a ser realizado no Evangélico, parabenizou o prefeito pelo trabalho na redução das filas de consultas, exames e cirurgias. “E quando o prefeito humano se preocupa em zerar a fila, é aí que está a qualidade. Governar, qualquer um governa, Tiago, mas resolver todo o problema é para poucos. E você que não é médico, você é advogado, vai resolver o problema que outros não resolveram”, disse.

O CEO da Associação Evangélica Beneficente de Londrina, Eduardo Otoni, destacou que todos estão unidos pelo objetivo de melhorar a saúde na região, celebrando a criação de 4 mil novas consultas até o final do ano. Ele ressaltou que o projeto se soma às 1 mil cirurgias já em andamento no Hospital Evangélico, com atendimentos inclusive aos sábados e domingos. “A área destinada a novas consultas, antes fechada, agora será reaberta. As consultas de retorno continuarão acontecendo, garantindo assim duas portas de entrada e um aumento significativo no atendimento à população”, disse. Com informações do N.Com.