A forte chuva que atingiu Londrina na noite de sexta-feira (7) provocou diversos estragos e deixou milhares de moradores sem energia elétrica. De acordo com o relatório da Defesa Civil divulgado pela Prefeitura, foram registradas 75 quedas de árvores e 18 ocorrências de destelhamentos ou vendavais. As rajadas de vento chegaram a 77,4 km/h e a precipitação somou 19 milímetros.

Apesar dos danos materiais, não houve feridos nem desalojados, segundo o balanço. A zona leste foi a região mais atingida. A Secretaria Municipal de Saúde informou que quatro unidades sofreram impactos: no Pronto Atendimento Infantil (PAI), houve queda de claraboia e infiltrações; na UBS Alvorada, parte da estrutura do telhado cedeu; na UPA Sabará, o forro de gesso da marquise da recepção desabou; e na Central de Vacinas/Central Farmacêutica, faltou energia, mas o gerador garantiu o funcionamento sem prejuízos. As equipes técnicas e a empresa responsável pelos reparos já trabalham para normalizar as estruturas, e o atendimento ao público segue normalmente. Na manhã deste sábado (8), Londrina, Ibiporã e Tamarana concentravam as situações mais críticas. Londrina liderava o número de domicílios sem luz, com cerca de 15 mil imóveis afetados.

O temporal também comprometeu o abastecimento de água em várias cidades do Norte e Nordeste do Paraná. Segundo a Sanepar, 25 localidades enfrentam paralisações nos sistemas de produção de água devido à falta de energia, entre elas Londrina, Cambé, Bela Vista do Paraíso, Primeiro de Maio, Marilândia do Sul e Jandaia do Sul. Em Faxinal, o fornecimento foi suspenso por conta da alta turbidez do Rio São Pedro.

A Sanepar pede que a população economize água, priorizando o uso para alimentação e higiene pessoal. Caminhões-pipa serão destinados apenas a hospitais e casas de repouso. Clientes sem caixa-d’água podem enfrentar mais dificuldades, e a companhia reforça a recomendação da ABNT de manter reservatórios com capacidade mínima de 500 litros por residência.