PRF conclui relatório sobre acidente fatal na BR-376 em Maringá
Falta de sinalização e velocidade inadequada são apontadas como causas da tragédia...

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu o relatório sobre o acidente ocorrido no dia 25 de fevereiro, na BR-376, em Maringá, que resultou na morte de duas pessoas. A batida envolveu três caminhões e uma máquina de obra asfáltica. Segundo o levantamento, as principais causas do acidente foram a velocidade inadequada da carreta que colidiu nos outros veículos e a falta de sinalização adequada alertando sobre a obra na rodovia.
O caminhão caçamba, carregado com 57 toneladas de areia, não conseguiu frear a tempo, desviando para a direita e colidindo com os demais veículos. Segundo o chefe da PRF de Maringá, Pedro Faria, a rodovia possui um trecho reto de mais de um quilômetro, o que permitiria que o motorista reduzisse a velocidade ao avistar a obra. “A velocidade desenvolvida pelo caminhão se mostrou incompatível para o local, tanto que ele não conseguiu fazer a frenagem a tempo. Não havia chuva, neblina ou qualquer fator que prejudicasse a visibilidade”, explicou Faria.
O relatório destacou que não foi possível determinar a velocidade exata do veículo, pois o equipamento que registra esses dados pegou fogo no acidente. No entanto, imagens de câmeras de segurança indicaram que a carreta estava em velocidade acima do adequado para o trecho. O advogado da empresa responsável pela carreta, Edson Gobi, contestou as conclusões da PRF, alegando que não há provas irrefutáveis de que o motorista estava acima da velocidade permitida. “O fator do acidente não foi excesso de velocidade ou falta de manutenção no veículo, e sim o fato de a via estar mal sinalizada”, declarou. A PRF também reconheceu a ausência de sinalização adequada na obra, o que poderia ter contribuído para o acidente.
Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) afirmou que as obras do Contorno Norte de Maringá seguem rigorosamente os protocolos de segurança viária. O relatório da PRF foi encaminhado à Delegacia de Trânsito de Maringá, que segue investigando a responsabilidade dos envolvidos no acidente.