A primavera de 2025 no Paraná foi marcada por extremos climáticos. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a estação, que termina neste domingo (21), apresentou temperaturas mais baixas e volumes de chuva acima do padrão em diversos períodos, além de um forte aumento de eventos severos.

Levantamento da Defesa Civil Estadual mostra que, neste ano, foram registradas 222 ocorrências de fenômenos extremos, contra 72 no mesmo período de 2024. Os casos de vendaval saltaram de 72 para 148 registros, enquanto o granizo passou de 11 para 53 ocorrências. Também foram contabilizados sete episódios de chuvas intensas e oito tornados — fenômeno que não havia sido registrado no ano anterior. O caso mais grave ocorreu em Rio Bonito do Iguaçu, em 7 de novembro.

Em setembro, o início da primavera teve temperaturas acima da média em grande parte do Estado, mas já com a passagem de frentes frias e a confirmação de um tornado em Santa Maria do Oeste. Outubro foi marcado por frio incomum: as temperaturas ficaram até 2 °C abaixo da média histórica, com recordes de mínimas e máximas baixas em várias cidades. Apesar da sensação de chuva constante, mais da metade das estações registrou volumes abaixo da média para o mês.

Novembro concentrou os eventos mais severos. As temperaturas ficaram dentro ou abaixo da média, enquanto as chuvas atingiram volumes dentro ou acima do esperado em quase todo o Paraná. No dia 7, a passagem de um ciclone extratropical favoreceu a formação de tempestades intensas, algumas classificadas como supercélulas, resultando em três tornados que causaram danos em 11 municípios. De acordo com o Simepar, esse foi um dos maiores eventos desse tipo registrados no Estado nos últimos 30 anos.

O encerramento da primavera também foi marcado por chuvas volumosas. Até o dia 14 de dezembro, 15 estações meteorológicas já haviam superado a média histórica do mês, com destaque para cidades como Londrina, Cambará, Cornélio Procópio e Paranavaí, que registraram acumulados superiores a 100 milímetros acima do normal em apenas duas semanas.