Proteína da solidão: estudo revela como o isolamento afeta o corpo humano
Pesquisa de universidades de Cambridge e Fudan mostra que a solidão está ligada ao aumento de proteínas associadas a inflamações, doenças cardiovasculares e até diabetes tipo 2, revelando impacto direto do isolamento social na saúde

A solidão, muitas vezes vista apenas como um estado emocional, pode ter efeitos físicos mais profundos do que se imagina. Um estudo realizado pela Universidade de Cambridge (Reino Unido) e pela Universidade Fudan (China) identificou a chamada “proteína da solidão”, que ajuda a explicar como o isolamento social interfere diretamente na saúde do corpo.
Os pesquisadores analisaram 2.920 proteínas e observaram que pessoas que se sentem solitárias apresentam níveis mais altos de cinco proteínas específicas no cérebro: GFRA1, ADM, FABP4, TNFRSF10A e ASGR1. Todas elas já eram conhecidas por sua relação com processos de inflamação, respostas antivirais e imunológicas.
Riscos à saúde
Mais da metade das proteínas associadas à solidão também estavam ligadas a doenças como:
Doenças cardiovasculares;
Diabetes tipo 2;
Acidente vascular cerebral (AVC).
Os cientistas destacam que socializar, ou simplesmente não se sentir sozinho, pode ajudar a reduzir esses riscos, diminuindo a presença dessas proteínas prejudiciais no organismo.
A solidão como fator de desgaste
Além dos efeitos bioquímicos, fatores como estresse social podem potencializar o impacto da solidão. Para se ter uma ideia da gravidade, especialistas afirmam que oito horas de solidão podem ser tão prejudiciais quanto passar oito horas sem comer, gerando fadiga intensa e queda de energia.
Conclusão
A descoberta da proteína da solidão reforça que o isolamento não é apenas uma questão psicológica, mas também um fator que pode comprometer a saúde física. Manter laços sociais, cultivar relações e buscar apoio emocional não é apenas bom para a mente, mas também para o corpo.
📌 Com informações: Universidade de Cambridge e Universidade Fudan