Hoje indispensáveis, os sapatos tiveram origem bem antes de se tornarem itens de estilo. A principal função, nos primeiros tempos, era proteger os pés de terrenos irregulares e condições climáticas adversas. Mas afinal, quando os seres humanos começaram a calçar os primeiros pares?

Sapatos mais antigos encontrados

Arqueólogos já descobriram diferentes exemplares em várias partes do mundo:

• Sandálias de couro com 5.500 anos na Armênia;

• Sandálias de grama de 6.200 anos na Espanha;

• Calçados de 8.300 anos nos Estados Unidos;

• O mais antigo até hoje: um sapato com mais de 10 mil anos, achado na caverna de Fort Rock, em Oregon (EUA).

O problema é que os materiais usados — peles de animais, fibras vegetais e plantas — se decompõem com facilidade, tornando raríssimos os achados preservados.

Evidências ainda mais antigas

Um estudo recente sugere que humanos podem ter usado sapatos há 150 mil anos. A análise de pegadas fossilizadas no litoral da África do Sul mostrou impressões semelhantes a pés humanos, mas sem marcas de dedos. A ausência de detalhes levou pesquisadores a concluir que os indivíduos provavelmente usavam algum tipo de proteção nos pés.

Modelos criados pelos cientistas, inspirados em sandálias usadas até hoje por povos indígenas do deserto do Kalahari e em pinturas rupestres de 2 mil anos, apontam que esses primeiros sapatos seriam abertos, com sola robusta e adaptados para areia fofa e molhada.

Por que os sapatos continuam essenciais?

Mais do que convenção social, calçados representam saúde e segurança. Eles:

• Protegem contra cortes, perfurações e superfícies irregulares;

• Servem de barreira contra frio, calor e umidade;

• Ajudam no alinhamento postural e previnem dores nas costas e nas articulações;

• Absorvem impactos ao caminhar ou correr, reduzindo o desgaste dos ossos;

• Evitam contato direto com sujeira e contaminantes.

Seja há milhares de anos ou nos dias atuais, os sapatos mostram como a necessidade de proteção e adaptação ao ambiente guiou a evolução dos hábitos humanos.

📌 Com informações: Live Science e Journal of Archaeological Science