Quase 900 mil veículos no Paraná seguem com pendências do IPVA 2025, aponta Receita Estadual
O pagamento pode ser realizado à vista ou parcelado, inclusive com empresas credenciadas no caso do imposto referente a 2025. Débitos de anos anteriores podem ser divididos em até dez parcelas

Mais de 898 mil veículos no Paraná permanecem com pendências relacionadas ao pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025, segundo dados da Receita Estadual. O número representa 17,66% de toda a frota lançada neste ano e inclui carros, motos, caminhonetes e caminhões que não quitaram nenhuma parcela ou ainda possuem cotas em aberto. A alta inadimplência acende um alerta às vésperas da temporada de férias. Com o início do Verão Maior 2025/2026 programado para 20 de dezembro, o fluxo de veículos nas estradas paranaenses deve aumentar significativamente.
De acordo com Leonardo Marcon, chefe do Setor de IPVA (SIPVA), manter o imposto em dia é essencial para a emissão do Certificado de Licenciamento do Registro do Veículo (CRLV), documento obrigatório para circulação. “Sem esse documento, o carro ou moto fica irregular perante a legislação de trânsito e pode sofrer sanções, como a apreensão durante abordagens”, afirma. A ausência do CRLV configura infração gravíssima, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, sujeita a multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e despesas decorrentes da apreensão do veículo.
Regiões com maiores índices de pendências
O Litoral lidera o ranking de inadimplência do IPVA 2025, com 22,9% dos veículos em situação irregular. Em Guaraqueçaba, o índice alcança 28,08%, o mais alto da região. Guaratuba também registra taxa elevada, com 24,07% dos veículos sem quitação do imposto. Antonina (23,38%) e Paranaguá (23,35%) aparecem na sequência.
As regiões Centro (20,31%) e Campos Gerais (19,83%) também apresentam percentuais acima da média estadual. Na Região Metropolitana de Curitiba, 19,68% da frota possui pendências. Em Itaperuçu, quase um terço dos veículos (29,23%) está com cotas em aberto — o maior índice entre os municípios paranaenses.
No outro extremo, Oeste, Sudoeste e Vale do Ivaí concentram os melhores índices de regularização. Em Arapuã, 94,3% da frota já está em dia com o IPVA.
Curitiba, maior frota do Estado, registra inadimplência de 18,32%. A capital já arrecadou cerca de R$ 1,4 bilhão com o imposto.
Consequências e formas de regularização
Além de impedir a emissão do CRLV, o não pagamento do IPVA impossibilita a transferência de propriedade do veículo e dificulta a obtenção de Certidão Negativa de Tributos. A persistência da inadimplência pode resultar na inscrição do débito na Dívida Ativa do Estado e na inclusão do proprietário no Cadin Estadual, o que gera restrições para financiamentos, limita o acesso a créditos do programa Nota Paraná e pode impedir o exercício de cargos públicos.
A regularização pode ser feita diretamente no Portal IPVA. O pagamento pode ser realizado à vista ou parcelado, inclusive com empresas credenciadas no caso do imposto referente a 2025. Débitos de anos anteriores podem ser divididos em até dez parcelas. Com informações: AEN

