O governador do Paraná, Ratinho Junior, se manifestou nesta quinta-feira (20) sobre a morte de dois jovens em uma ação policial no último sábado (15),  no Jardim Santiago, na zona oeste de Londrina. Segundo a Polícia Militar, os adolescentes estavam em um veículo suspeito de furtos e reagiram à tentativa de abordagem, o que teria resultado em um confronto armado. As famílias contestam essa versão e afirmam que os jovens eram inocentes. Em entrevista, o governador expressou solidariedade às mães das vítimas e destacou que a segurança pública do estado tem reduzido a criminalidade por meio de investimentos e estratégias.

“Primeiro, quero me solidarizar com as mães. A dor de uma mãe nunca se apaga. Não quero entrar na questão de quem estava certo ou errado, mas é preciso olhar com humanidade para essa situação”, afirmou o governador.

Uso de câmeras corporais em policiais
Questionado sobre a ausência de câmeras corporais nos uniformes dos policiais, o governador afirmou que o processo de implementação já está em andamento. “Temos R$ 20 milhões disponíveis para a compra dos equipamentos. Criamos uma equipe técnica para analisar as melhores tecnologias disponíveis e a licitação deve levar alguns meses”, explicou.

Apuração dos fatos
Ratinho Junior afirmou que as mortes serão investigadas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar, mas sem interferência local. “Determinei que a apuração seja feita em Curitiba, para garantir total transparência. Precisamos entender o que realmente aconteceu, se havia arma no carro, de quem era e qual era a procedência do veículo”, afirmou.

Ele também destacou que os policiais são treinados para reagir em situações de confronto. “O Ministério Público divulgou um levantamento recente mostrando que, na grande maioria dos casos, os policiais apenas reagem quando atacados. E, como são bem treinados, infelizmente para os criminosos, eles acabam levando a pior”, declarou.

O governador também comentou a reunião do comando da PM com os familiares dos jovens. “Pedi que ouvissem as famílias com respeito, principalmente as mães. Independente das circunstâncias, filho é filho, e a dor das mães precisa ser considerada. A investigação vai esclarecer os fatos e trazer respostas”, concluiu.