Reação dos pais: conselheira tutelar revela como familiares de jovens envolvidos no caso Hytalo Santos agiram
A conselheira tutelar Nadyele Macena, da Paraíba, relatou a reação de familiares de jovens supostamente envolvidos no caso Hytalo Santos. Segundo ela, os responsáveis negavam as denúncias de exploração, alegando que o influenciador era uma pessoa de boa índole. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, mas Hytalo não foi encontrado para averiguação

Em um novo desdobramento do caso Hytalo Santos, a conselheira tutelar Nadyele Macena revelou em entrevista como os familiares dos jovens supostamente envolvidos nas denúncias de tráfico de pessoas e exploração sexual reagiram às acusações. Segundo a conselheira, que atua na unidade responsável por receber parte das investigações, os pais e responsáveis negaram qualquer irregularidade.
Nadyele explicou que as primeiras denúncias contra o influenciador foram recebidas pelo Conselho Tutelar de Bayeux, na Paraíba, em 2024. As investigações iniciais se concentravam na exploração de menores em vídeos compartilhados na internet. Quando a instituição ouviu os familiares dos jovens, eles se mostraram resistentes. “Sempre diziam que o suposto acusado os escolheu, era uma pessoa de boa índole e que não existia nenhum tipo de exploração ou violação de direito de qualquer tipo contra as crianças e adolescentes que conviviam na casa”, relatou.
O Conselho Tutelar, no entanto, seguiu com o trabalho. A conselheira tutelar destrinchou o início do caso na visão da instituição, que recebe denúncias relacionadas a Hytalo Santos desde 2024. Na época, os assistentes sociais levaram um relatório ao Ministério Público. O órgão solicitou o acompanhamento à residência do influenciador, mas ele já havia se mudado.
O caso foi então transferido para o Conselho Tutelar de João Pessoa, onde as investigações ganharam novos rumos. Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, estão presos preventivamente na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Róger. Eles são acusados de risco à ordem pública, obstrução de justiça e fortes indícios de crimes como tráfico de pessoas e exploração sexual.