Robôs ganham músculos artificiais capazes de erguer 4.000 vezes o próprio peso

Pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveram um músculo sintético que combina força e flexibilidade inéditas, capaz de levantar até 4.400 vezes o próprio peso. O avanço, descrito na revista Advanced Functional Materials, pode revolucionar robôs humanoides, próteses e tecnologias médicas

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Uma equipe de cientistas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Ulsan (UNIST), na Coreia do Sul, anunciou um avanço impressionante na robótica: a criação de um músculo artificial capaz de suportar cargas cerca de 4.400 vezes o seu próprio peso. O estudo foi publicado na revista científica Advanced Functional Materials.

O material é um atuador compósito magnético, formado por polímeros entrelaçados e micropartículas magnéticas que simulam a estrutura e o comportamento dos músculos humanos. Segundo o professor Hoon Eui Jeong, líder da pesquisa, o desenvolvimento resolve um dilema clássico da robótica: “Músculos artificiais geralmente são ou elásticos e fracos, ou fortes e rígidos. O nosso consegue ser os dois ao mesmo tempo”.

A tecnologia combina duas redes químicas — uma ligação covalente permanente e outra física, reversível — o que garante elasticidade sem perda de força. Micropartículas magnéticas de neodímio-ferro-boro (NdFeB) permitem o controle preciso do movimento por estímulos externos. O resultado é um músculo leve, maleável e extremamente resistente.

Nos testes, apenas 1,13 grama do material conseguiu erguer 5 quilos, o equivalente a uma pessoa levantar cerca de 300 toneladas. Além disso, o músculo alcançou 86,4% de alongamento, mais do que o dobro da capacidade de um músculo humano.

O avanço abre caminho para robôs humanoides mais ágeis e realistas, exoesqueletos médicos e próteses inteligentes, capazes de reproduzir movimentos com naturalidade e precisão. O material também pode ser aplicado em dispositivos vestíveis e tecnologias espaciais, onde peso e durabilidade são fatores críticos.

Segundo os pesquisadores, a próxima etapa será testar a resistência em uso contínuo, mas os resultados iniciais já indicam alta estabilidade e desempenho.

Com esse passo, a robótica se aproxima ainda mais do que antes parecia ficção científica — robôs que se movem e reagem com força e fluidez humanas.

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