Roubos de cabo de cobre geram prejuízos milionários à Sercomtel e a usuários
Foto: Assessoria de Imprensa / Sercomtel

Os recorrentes roubos de cabos de cobre têm gerado prejuízos significativos para as empresas de telefonia e provedores de internet em todo o Estado do Paraná. Este ano, em especial, a Sercomtel, com sede em Londrina, tem registrado aumento de furtos em toda a região em que atua. Um dos casos mais recentes ocorreu em Apucarana, onde foram furtados, em apenas uma ocorrência, 450 metros de cabo, resultando num prejuízo material de R$ 150 mil. As contas, no entanto, vão muito além desse valor.

A suspensão dos serviços acarreta prejuízos em cadeia em toda a economia da área atingida, iniciando pela empresa fornecedora de voz e dados, passando pelas empresas que necessitam dos serviços para dar continuidade à sua rotina; e chegando às escolas, hospitais, serviços de segurança e usuários domésticos.

“Estamos num momento bastante complexo. Este ano a incidência desses furtos está muito alta. Só em Apucarana ocorreram 47 furtos”, comenta o diretor de Negócios Estratégicos da Sercomtel/Ligga, Tiago Carnelós Caetano. O prejuízo material, que envolve a reposição dos cabos e mão de obra, soma R$ 240 mil só em Apucarana. Mas o chamado prejuízo recorrente – indenizações em decorrência de lucro cessante das empresas – chega a R$ 700 mil.

Em toda área de atuação da Sercomtel, os prejuízos materiais registrados pela empresa totalizam, de janeiro a meados de junho, cerca de R$ 1,6 milhão, que somado ao prejuízo recorrente alcança em torno de R$ 4 milhões. “A situação está insustentável. Precisamos que as forças de segurança ajam firmemente para chegar aos receptores desses materiais e quebrar esse círculo vicioso”, cobra Caetano.

Além dos impactos financeiros diretos, as empresas enfrentam escassez de fornecedores de cabos de cobre e mão de obra qualificada, devido à complexidade e à repetição do trabalho de reposição dos cabos. “Ninguém mais quer trabalhar com isso. Cada cabo rompido precisa ser recomposto fio por fio, cor a cor, e são centenas de fios. Imagina você fazer esse trabalho por horas hoje e amanhã voltar no mesmo lugar, e ter que refazer tudo porque os cabos foram furtados novamente”, contextualiza Caetano.

Para mitigar os danos, os provedores têm buscado parcerias com as autoridades de segurança do estado, discutindo o problema e cobrando soluções. Houve um período de redução dos roubos, mas eles voltaram a ocorrer de forma considerável este ano.

Semana passada, várias empresas se reuniram com o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, reforçando a necessidade de um olhar mais atento ao problema.

Forma de operar

Caetano destaca que existem dois tipos, basicamente, de ladrões: os viciados em drogas, que roubam pequenas quantidades; e os que fazem os serviços, provavelmente, sob encomenda de receptores, e esses causam os grandes prejuízos às empresas.

O que tem chamado bastante a atenção da direção da Sercomtel é a tranquilidade com que os ladrões agem, muitas vezes, à luz do dia, confundindo moradores e comércio da região, como ocorreu em Apucarana. “Muitos pensam que os ladrões são funcionários e estão a serviço das empresas”, cita Caetano.

A Sercomtel tem investido em tecnologias avançadas, como cabos de fibra ótica, mas essas soluções requerem investimentos substanciais e seguem um cronograma rigoroso de implementação.
Caetano destaca que a empresa espera respostas robusta das autoridades para combater esse tipo de crime, que não apenas impacta financeiramente, mas também compromete a infraestrutura essencial para a comunidade local.

Com informações da Assessoria de Imprensa.