Sandrão processa Amazon e pede R$ 3 milhões por uso indevido de imagem na série Tremembé

Sandra Regina Ruiz Gomes, conhecida como Sandrão, entrou com ação judicial contra a Amazon Prime Video e o Grupo Metacorp, alegando danos morais e uso indevido de imagem na série documental Tremembé. Ela afirma que não autorizou sua participação e que a produção exagerou e distorceu fatos sobre sua trajetória no presídio. O processo pede indenização de R$ 3 milhões e será analisado pela Justiça de São Paulo

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A ex-detenta Sandra Regina Ruiz Gomes, mais conhecida como Sandrão, ingressou com um processo contra a Amazon Prime Video e o Grupo Metacorp alegando uso indevido de imagem e danos morais pela série documental Tremembé, que aborda histórias de detentos de grande repercussão no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo. A ação tramita no Tribunal de Justiça do Estado e solicita indenização de R$ 3 milhões.

Na ação, Sandrão afirma não ter autorizado o uso de sua imagem e sustenta que a produção teria dramatizado e distorcido episódios de sua trajetória enquanto cumpria pena. A defesa alega que a série reforça estereótipos e atribui à ex-detenta comportamentos que ela nega ter desempenhado, como o suposto papel de liderança entre outras internas, incluindo figuras de ampla notoriedade como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga.

Um dos pontos contestados diz respeito à exibição de uma marca no corpo da ex-detenta, apresentada como consequência de um tiro. Segundo a defesa, essa representação teria sido usada para construir uma imagem mais violenta e sensacionalista, ampliando estigmas associados ao crime pelo qual foi condenada.

Polêmica sobre a “gaiola do amor”

A série também menciona um espaço reservado no presídio — chamado no documentário de “gaiola do amor” — onde supostamente ocorreriam encontros íntimos entre casais homoafetivos. Sandrão nega que o local existisse e afirma que demonstrações de afeto não eram permitidas em público dentro da unidade prisional, em conformidade com as regras do sistema carcerário.

Amazon não se pronuncia

Até o momento, a Amazon Prime Video não comentou o processo. O Grupo Metacorp também não divulgou posicionamento oficial. Especialistas em direito digital afirmam que casos envolvendo true crime e uso de imagem de pessoas condenadas são juridicamente complexos, sobretudo quando a narrativa mistura trechos documentais e elementos dramatizados.

Relembre o caso que levou Sandrão à prisão

Sandra Regina foi condenada pelo sequestro e morte do adolescente Talisson Vinicius da Silva Castro, em 2003, na região de Mogi das Cruzes. A sentença inicial de 27 anos foi reduzida para 24 anos. Segundo o processo, Sandrão admitiu atuar nas negociações de resgate, mas alegou ter sido coagida pelo namorado, Valdir Pereira Martins, apontado como mentor do crime. O adolescente foi executado com um tiro na cabeça e encontrado amarrado e amordaçado.
Em 2015, ela progrediu ao regime semiaberto e recebeu liberdade condicional posteriormente.

Caso segue na Justiça

O processo deve avançar para fase de perícias, manifestação das empresas citadas e julgamento sobre eventual responsabilidade civil. Caso a decisão seja favorável à ex-detenta, Amazon e Metacorp poderão ser obrigadas a pagar indenização e rever práticas de autorização e uso de imagem em futuras produções documentais.

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