Satélites na Amazônia registram desmatamento de quase mil campos de futebol por dia

Segundo o relatório divulgado hoje, por imagens de satélite do Imazon, o desmatamento triplicou no primeiro trimestre deste ano

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Floresta atingida pelo fogo em Porto Velho, Rondônia, em 2022 | © Christian Braga/Greenpeace

O desmatamento na Amazônia triplicou em março e resultou no segundo pior trimestre desde 2008, com 867 km² de mata nativa derrubada nos primeiros três meses de 2023, perdendo apenas para os 1.185 km² destruídos em 2021 no mesmo período, de acordo com o monitoramento por imagens de satélite do Imazon divulgado nesta quinta-feira (20).

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Os governos federal e dos estados precisam agir em conjunto para evitar que a devastação siga avançando, principalmente em áreas protegidas e florestas públicas não destinadas. Há casos graves como o da unidade de conservação APA Triunfo do Xingu, no Pará, que perdeu uma área de floresta equivalente a 500 campos de futebol apenas em março. Será preciso também não deixar impune os casos de desmatamentos ilegais e apropriação de terras públicas”, alerta o pesquisador Carlos Souza Jr., do Imazon.

Oito dos nove estados da Amazônia Legal registraram aumento no desmatamento em março, exceto o Amapá. O Amazonas foi o estado com o maior aumento, com a devastação passando de 12 km² em março de 2022 para 104 km² em março de 2023, seguido pelo Pará, com um aumento de 176%, e Mato Grosso, com 51%. Roraima teve um aumento de 115% na derrubada e Rondônia, cinco vezes maior. O Maranhão, Acre e Tocantins também tiveram altas no desmatamento.

Com informações do Imazon.

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Valmir Pedroso

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