Com a proximidade das festas de fim de ano, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná reforça o alerta sobre os riscos do uso de fogos de artifício. De janeiro a outubro deste ano, mais de 8 mil pessoas precisaram de atendimento ambulatorial ou hospitalar no Estado em decorrência de acidentes com esse tipo de artefato. A preocupação aumenta neste período, já que os registros costumam crescer entre dezembro e janeiro.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destaca que a prevenção é o principal caminho para evitar ocorrências graves. Segundo ele, acidentes com fogos podem provocar queimaduras severas, mutilações e até colocar vidas em risco, muitas vezes por descuido ou manuseio inadequado.

A capitã do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, Luisiana Guimarães Cavalca, orienta que, em caso de queimadura, a pessoa deve manter a calma, resfriar imediatamente o local atingido com água corrente e buscar atendimento médico o quanto antes. Ela reforça que não se deve usar receitas caseiras, como passar pasta de dente, manteiga ou outros produtos, pois essas práticas podem agravar a lesão.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento completo e gratuito às vítimas de queimaduras. No Paraná, há 35 leitos especializados disponíveis, sendo 23 cirúrgicos e 12 de UTI. São referência nesse atendimento o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, em Londrina, e o Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba.

Em situações mais graves, como queimaduras de segundo ou terceiro grau, a recomendação é acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo número 193 ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo 192. A orientação das autoridades é clara: comemorar com responsabilidade é essencial para evitar tragédias durante as festas.

Em Londrina, desde de 2022, a utilização de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos com estampido ou estouro é considerada infração ambiental e as multas podem ir de R$ 50 reais até R$ 100 milhões.