Saúde pública do Paraná avança com oferta gratuita de implante contraceptivo no SUS
Nesta etapa, 38 cidades com mais de 50 mil habitantes foram contempladas — entre elas Londrina

O Paraná deu um passo importante na ampliação do planejamento reprodutivo ao incorporar o implante subdérmico contraceptivo de etonogestrel à rede pública. O método, conhecido como Implanon NXT e que custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil no setor privado, passa a ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Londrina está entre os municípios contemplados nesta primeira fase.
A iniciativa é resultado de parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Ministério da Saúde, que promoveram nesta terça-feira (25) uma oficina de qualificação para profissionais dos 38 municípios referências das 22 Regionais de Saúde. O treinamento incluiu práticas de inserção e retirada do implante, além de orientações sobre organização dos serviços. O implante é um contraceptivo reversível de longa duração, com eficácia de até três anos e retorno rápido da fertilidade. Sua incorporação ao SUS foi estabelecida pelas Portarias 47 e 48, de 8 de julho de 2025. A previsão é distribuir 500 mil unidades no país ainda este ano, chegando a 1,8 milhão em 2026.
Segundo a Sesa, o método integra uma estratégia para enfrentar a gestação não planejada. Dados da pesquisa Nascer no Brasil II mostram que entre 33% e 40% das gestantes não planejaram a gravidez; em 2022, 12,3% dos partos foram de adolescentes. O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destacou que a medida fortalece os direitos reprodutivos. Profissionais e representantes de entidades de saúde reforçaram que a ampliação do acesso ao implante reduz desigualdades e oferece mais autonomia às mulheres.
O Paraná já recebeu 25.620 unidades, distribuídas integralmente aos municípios. Nesta etapa, 38 cidades com mais de 50 mil habitantes foram contempladas — entre elas Londrina. A expectativa é de que, no próximo semestre, o método esteja disponível nas 22 Regionais de Saúde, ampliando o acesso ao planejamento reprodutivo em todo o Estado. Com informações: AEN

