Sem novos óbitos desde maio, situação da dengue segue estável em Londrina
Ao todo, em 2025, de janeiro até o momento, o município computa 20.005 notificações ligadas à doença, das quais 4.580 foram casos confirmados e 14.910 descartados. Outros 515 estão sob análise laboratorial e houve nove óbitos

Há mais de dois meses, Londrina não registra óbitos ocasionados por dengue, tendo sido o último caso de falecimento confirmado no mês de maio deste ano. A nona morte pela doença havia sido informada no boletim da 21ª semana epidemiológica de 2025. Na quinta-feira (07), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou o levantamento semanal com dados atuais referentes à 32ª semana analisada, reunindo números compilados até a data de quarta-feira (06). O quadro geral é de estabilidade, sem regiões com índices elevados que apontem incidência crescente ou elevada de dengue.
Ao todo, em 2025, de janeiro até o momento, o município computa 20.005 notificações ligadas à doença, das quais 4.580 foram casos confirmados e 14.910 descartados. Outros 515 estão sob análise laboratorial e houve nove óbitos. No mesmo recorte temporal de 2024, ao longo dos oito primeiros meses, o panorama era de 52 mortes por dengue em Londrina, ou seja, 83% a mais. O número total de casos também era 90% maior nesse período do ano passado.
A redução expressiva nos falecimentos é resultado de vários fatores cruciais, de acordo com o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas. “Temos um plano de ação vigente desde o começo do ano, antecedendo o enfrentamento intensivo e com introdução de novas estratégias como uso de drone, intervenções em bairros historicamente mais complicados, edições do Dia D, georreferenciamento de casos concomitante com dados entomológicos, parceria com UEL e CMTU, entre outras. Atuamos também em casas de acumuladores e terrenos com descarte regular, e tudo isso potencializou esses resultados. O poder público continua fazendo sua parte e a participação popular é essencial”, enfatizou.
O setor de Vigilância Ambiental da SMS, responsável por sistematizar os números, alerta que, mesmo com a situação mais controlada, é necessário que a comunidade permaneça alerta e não deixe de manter os cuidados preventivos para evitar que o mosquito Aedes aegypti se prolifere. Para que não haja aumento no número de casos, Nino Ribas informou que as ações de prevenção e enfrentamento por parte da Prefeitura estão mantidas, com intensificação na remoção de criadouros e orientação do público sobre como proceder. “Nunca é hora de relaxar quando se trata de dengue, pois o cenário pode mudar rapidamente, existem variáveis e depende muito de como as pessoas agem nos cuidados preventivos”, comentou.
Ribas citou que, além das práticas já rotineiras como não manter objetos com água parada, o ideal é evitar umidade nos ambientes que possam propiciar a proliferação do vetor transmissor. “Isso é recomendado porque a desova do mosquito Aedes ocorre também na umidade. Sendo assim, caso haja descuido e a água fique armazenada em algum ponto, pode ocorrer a eclosão e, sucessivamente, a continuidade da proliferação. O aumento da temperatura pode favorecer esse cenário que não desejamos, então o alerta precisa ser permanente”, ressaltou.
Outra recomendação que a SMS faz ao público em geral é que seja facilitado o acesso dos agentes de endemias durante as visitas às residências. “Os agentes promovem saúde ao fazer as vistorias, então recebê-los nas casas é receber o SUS, eles levam orientações e dicas, mostram qual é o cenário, então é muito importante esse lembrete para que todos colaborem. No caso de a pessoa não estar em casa nos períodos das visitas, pedimos que ligue para agendar uma pelo número 0800-400-1893 (Disque Dengue), das 8h às 16h, e os agentes se programarão para atender as demandas dos moradores”, indicou Nino Ribas.
Frentes diversas – As ações educativas, de mobilização e intervenções práticas continuam sendo levadas a diferentes regiões de Londrina, fortalecendo o combate à dengue. Em termos de atuação e acompanhamento, prosseguem o monitoramento vetorial, controle mecânico e ambiental. Isso inclui visitas domiciliares para eliminar criadouros e remover materiais inservíveis, além de vistorias em imóveis e pontos estratégicos, aplicação de fumacê (UBV costal) e borrifação residual.
Outras frentes são a vigilância epidemiológica permanente, com busca ativa em pontos destacados e divulgação de boletins informativos semanais, bem como trabalhos educativos por meio de mutirões, ações integradas com a comunidade e orientações em áreas públicas, incluindo UBSs e outras.
Chikungunya – O levantamento da SMS, divulgado na quinta-feira (07), também inclui indicadores sobre chikungunya, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O panorama permanece o mesmo, sendo que, de janeiro até 6 de agosto, Londrina teve oito notificações e apenas um caso confirmado, vindo de outra cidade. Outros seis foram descartados e um está em análise. Com informações do N.Com.