O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização voltada para a prevenção do suicídio. Oficialmente adotada no Brasil em 2015, a iniciativa busca abrir espaço para um tema delicado, mas urgente: a saúde mental e o apoio a quem enfrenta sofrimento emocional.

A escolha do mês está ligada ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro. A data mobiliza organizações de saúde, governos e comunidades em todo o mundo. Mas o símbolo da campanha, o laço amarelo, surgiu de uma história real e comovente nos Estados Unidos.

Nos anos 1990, um jovem chamado Mike Emme, apaixonado por carros, ficou conhecido como “Mustang Mike” após restaurar um Mustang 1968 amarelo. Em 1994, ele tirou a própria vida, aos 17 anos. No velório, amigos e familiares distribuíram cartões com fitas amarelas e a mensagem: “Se você precisar, peça ajuda”. O gesto simples se espalhou e transformou o laço amarelo em um símbolo mundial de esperança e prevenção.

Inspirado nessa história, o Brasil abraçou o movimento em 2015, em parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina. Desde então, prédios públicos, monumentos e campanhas de mídia em todo o país recebem a cor amarela ao longo do mês, reforçando a importância do diálogo sobre saúde mental.

Os números mostram a gravidade do tema: segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo — uma em cada 100 mortes registradas. No Brasil, a média é de 32 vidas perdidas por dia.

O amarelo foi escolhido por simbolizar luz, vida e esperança. Mais do que uma cor, representa um convite: conversar pode salvar vidas. A mensagem permanece a mesma desde o primeiro cartão entregue no velório de Mike: se você precisar, peça ajuda; e se alguém próximo demonstrar sinais de sofrimento, esteja disposto a ouvir.