O Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid) foi criado pelo Ministério Público brasileiro para fomentar a articulação de vários órgãos e agentes públicos em torno de uma política nacional de descoberta de paradeiros. Segundo o sistema, o Brasil registrou mais de 700.000 pessoas declaradas desaparecidas na última década. Até 2017, não havia uma política nacional integrada voltada para a localização de pessoas desaparecidas e enfrentamento de situações correlatas.

O programa já colaborou com a localização de pessoas em três das maiores tragédias humanas do país. Em abril de 2022, o sistema havia atuado com êxito em 18.837 casos de desaparecimento e ultrapassou a marca de 85.000 casos registrados em 20 unidades federativas, consolidando-o como o maior sistema público de enfrentamento ao desaparecimento de pessoas e situações correlatas no país.

© Bruno Spada/CICV

De acordo com dados do sistema, mais de 80 mil pessoas desapareceram no Brasil em 2020, sendo 30 mil delas crianças. Somente no Rio de Janeiro, em média, 80 crianças desaparecem por mês.

Conflitos familiares, maus tratos e abuso são alguns dos motivos que levam ao desaparecimento de crianças e adolescentes, e atualmente há 600 casos registrados no estado. Para prevenir novos casos, é importante que diversas instituições atuem de forma integrada na conscientização da população sobre a importância de cuidar bem das crianças e de se atentar aos sinais de desaparecimento.

Caso ocorra, os responsáveis devem procurar imediatamente a delegacia mais próxima para registrar um boletim de ocorrência. Durante a Semana Nacional da Busca e Localização de Crianças Desaparecidas, a Defensoria Pública e a Fundação para Infância e Adolescência promovem ações para orientar a população e distribuir materiais informativos, como pulseiras de identificação para crianças.

Com informações da Agência Brasil e Sinalid.