Só um diploma hoje garante salários de seis dígitos, aponta estudo sobre mercado de trabalho

Levantamento revela que áreas ligadas à tecnologia e à inteligência artificial concentram os maiores salários e a menor taxa de desemprego, enquanto apenas um setor ultrapassa com frequência a marca dos seis dígitos anuais

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Nem todo diploma universitário entrega o retorno financeiro que muitos estudantes esperam. Um estudo recente analisou salários médios, índices de desemprego e o nível de especialização exigido após a graduação e concluiu que apenas um segmento profissional alcança, de forma consistente, salários de seis dígitos por ano.

A pesquisa aponta que um diploma se torna realmente valioso quando reúne três fatores principais: remuneração acima da média, baixa taxa de desemprego e alta demanda no mercado, mesmo sem a exigência imediata de pós-graduação. Quando esses elementos se combinam, as chances de estabilidade e crescimento profissional aumentam significativamente.

De acordo com o levantamento, os 10 diplomas universitários mais valorizados atualmente estão concentrados, em sua maioria, em áreas técnicas e científicas. A lista inclui cursos como Engenharia Elétrica, Engenharia de Computação, Engenharia de Petróleo, Engenharia Aeroespacial, Ciência dos Materiais, Engenharia Mecânica, Engenharia Química e Ciência Atuarial, entre outros. O predomínio de formações ligadas a cálculos, tecnologia e ciências exatas não é coincidência.

Apesar disso, apenas uma área aparece de forma recorrente na faixa dos salários anuais acima de US$ 100 mil: a que envolve tecnologia avançada e inteligência artificial. Segundo dados do Indeed, cargos ligados à IA nos Estados Unidos chegam a pagar, em média, cerca de US$ 174 mil por ano.

No Brasil, embora os valores sejam diferentes, o cenário também chama atenção. Um estudo da Robert Half indica que profissionais altamente especializados em tecnologia e inteligência artificial podem alcançar salários mensais de até R$ 35 mil em cargos de liderança, o que representa aproximadamente R$ 420 mil por ano.

Especialistas explicam que a predominância da tecnologia se deve à transformação acelerada do mercado de trabalho. A inteligência artificial deixou de ser uma tendência futura e passou a integrar o dia a dia de empresas de diversos setores, impulsionando automação de processos, análise avançada de dados, tomada de decisões mais precisas e ganhos expressivos de produtividade.

O estudo também ressalta que não são apenas engenheiros que se beneficiam desse movimento. Embora o diploma seja uma porta de entrada importante, salários elevados dependem da combinação entre formação acadêmica, atualização constante e domínio de ferramentas modernas. Profissionais de diferentes áreas têm migrado para funções ligadas à tecnologia à medida que desenvolvem competências técnicas relevantes.

A principal lição do levantamento é que a escolha de um curso universitário precisa estar conectada às transformações do mercado. Mais do que o diploma em si, o que garante boas oportunidades é a capacidade de evoluir junto com as demandas do mundo do trabalho, especialmente em áreas que lidam com inovação, ciência e tecnologia.

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