STF transmitirá ao vivo interrogatórios de Bolsonaro e aliados por suposta tentativa de golpe

As sessões serão transmitidas pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube, com início às 14h na segunda (9), e às 9h nos demais dias da semana

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta terça-feira (3) que os interrogatórios dos oito réus da ação penal que apura uma suposta trama golpista para manter Jair Bolsonaro no poder serão transmitidos ao vivo entre os dias 9 e 13 de junho. Os depoimentos ocorrerão na sala de sessões da Primeira Turma, colegiado responsável pelo julgamento do caso.

Estão entre os réus o ex-presidente Jair Bolsonaro; o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens e delator; o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin; os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto; o almirante Almir Garnier e o ex-ministro Anderson Torres. Todos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado por violência e deterioração de patrimônio público. Somadas, as penas podem chegar a 40 anos de prisão.

As sessões serão transmitidas pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube, com início às 14h na segunda (9), e às 9h nos demais dias da semana. A participação presencial será restrita, com acesso à imprensa limitado e mediante credenciamento. O público interessado também poderá solicitar ingresso, enviando nome completo e CPF por e-mail até sexta-feira (6).

Conforme prevê a legislação brasileira, o interrogatório de réus é um ato público. Ainda que a transmissão ao vivo não seja comum, o STF já permitiu em outras ocasiões. Os réus têm direito ao silêncio, não sendo obrigados a responder perguntas, e podem até pedir dispensa do depoimento. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que também conduziu a fase anterior de oitivas, quando foram ouvidas 52 testemunhas, além de outras manifestações por escrito.

Após os interrogatórios, a PGR e as defesas poderão solicitar novas diligências, caso surjam fatos relevantes. Se não houver necessidade de novos atos, Moraes abrirá prazo para as alegações finais e, depois disso, deverá preparar seu voto, que será analisado pela Primeira Turma do STF, composta também pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux. Com informações: Agência Brasil.

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Redação Paiquerê FM News

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