O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou os editais dos lotes 4 e 5 do Programa de Concessões Rodoviárias do Paraná, completando o processo de concessão que contempla cerca de 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais. Os dois lotes aprovados somam 1.058 quilômetros de estradas e terão um investimento total previsto de R$ 29,8 bilhões, incluindo obras e custos operacionais.

As concessões abrangerão rodovias nas regiões do Vale do Ivaí, Norte, Noroeste, Oeste e Centro-Oeste do estado, beneficiando também o tráfego de veículos oriundos de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraguai. Os documentos foram enviados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para análise do TCU em novembro do ano passado. De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, a concessão seguirá o mesmo modelo aplicado nos demais lotes do programa, com critério de seleção baseado na menor tarifa-base por quilômetro rodado e sem pagamento de outorga aos governos estadual ou federal.

O lote 4 contempla 627,5 quilômetros de extensão e passa por três rodovias federais (BR-272, BR-369 e BR-376) e oito estaduais (PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-897 e PR-986), conectando a cidade de Guaíra, na fronteira com o Paraguai, até a divisa com São Paulo, em Nova Londrina. Estão previstos R$ 18,2 bilhões em investimentos, sendo R$ 10,9 bilhões direcionados a obras. As melhorias incluem 239 quilômetros de duplicações, 87 quilômetros de faixas adicionais, 59 quilômetros de contornos, 39,4 quilômetros de vias marginais, 34 quilômetros de ciclovias, além de 39 passarelas, oito passa-faunas, pontos de ônibus e outros dispositivos de segurança viária.

Já o lote 5 contempla 430,7 quilômetros e cobre trechos das rodovias BR-158, BR-163, BR-369, BR-467 e PR-317, cruzando as regiões Oeste e Noroeste do estado. Os investimentos totais chegam a R$ 11,6 bilhões, dos quais R$ 6,5 bilhões estão destinados a obras. Entre as intervenções previstas estão 238 quilômetros de duplicações, 20 quilômetros de vias marginais, 3,7 quilômetros de contornos, 12 quilômetros de melhorias em rodovias, três passagens de fauna, cinco passarelas e outros equipamentos de infraestrutura. Com a aprovação dos editais, o próximo passo será a realização dos leilões que definirão as empresas responsáveis por operar e modernizar os trechos.