Telescópio no Chile registra imagem deslumbrante da Nebulosa Borboleta
Registro feito pelo Telescópio Gemini Sul revela novos detalhes da Nebulosa Borboleta, localizada a milhares de anos-luz da Terra, e marca os 25 anos do Observatório Internacional Gemini

Um telescópio instalado no Chile registrou uma nova e impressionante imagem da Nebulosa Borboleta, uma das formações celestes mais elegantes já observadas. A captura foi divulgada pelo NOIRLab, da Fundação Nacional de Ciência, e revela detalhes inéditos das estruturas gasosas que formam as brilhantes “asas” do fenômeno cósmico.
A imagem foi obtida no mês passado pelo Telescópio Gemini Sul, um dos equipamentos mais avançados do Observatório Internacional Gemini. A Nebulosa Borboleta está localizada entre 2.500 e 3.800 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Escorpião. Mesmo diante dessa enorme distância, os instrumentos conseguiram registrar com precisão as delicadas formas luminosas que compõem a nebulosa.
Para se ter uma ideia da escala, um único ano-luz equivale a cerca de 6 trilhões de milhas. Ainda assim, a nitidez e o contraste da imagem chamaram a atenção da comunidade científica.
No centro da nebulosa encontra-se uma estrela anã branca — o núcleo remanescente de uma estrela que esgotou seu combustível. Ao final de sua vida, essa estrela expeliu suas camadas externas, formando duas grandes massas de gás que se expandem em direções opostas. O intenso calor emitido pela anã branca faz com que esse material brilhe, criando a aparência simétrica que lembra uma borboleta.
Esse tipo de formação é classificado como uma nebulosa bipolar, pertencente ao grupo das nebulosas planetárias. Elas são conhecidas por suas estruturas alongadas, simétricas e ricas em detalhes, sendo frequentemente estudadas por astrônomos profissionais e amadores.
Além da beleza visual, o novo registro tem grande importância científica. Segundo o portal G1, a Nebulosa Borboleta foi escolhida por estudantes chilenos como alvo das observações em comemoração aos 25 anos de operação do Observatório Internacional Gemini. Ao longo desse período, o observatório se consolidou como referência mundial na captura de imagens de alta resolução do universo.
A nova imagem amplia o conhecimento sobre os processos de formação e evolução das nebulosas e ajuda cientistas a compreender melhor as etapas finais da vida das estrelas. Com mais esse registro, o Telescópio Gemini Sul reforça seu papel fundamental na exploração do cosmos e na divulgação da ciência astronômica.

