Uma confusão ocorrida na tarde de quinta-feira (15), na Câmara Municipal de Londrina, terminou em prisão, acusações mútuas e a promessa de uma disputa judicial entre os envolvidos. O episódio envolveu o ex-vereador e ex-deputado federal Emerson Petriv, conhecido como Boca Aberta, e o vereador Santão, que também atua como policial rodoviário federal.

Segundo o relato de Santão, Boca Aberta teria proferido xingamentos e ofensas contra servidores da Casa, incluindo ataques diretos ao próprio vereador. Diante da situação, Santão deu voz de prisão ao ex-parlamentar dentro da agência da Caixa Econômica Federal localizada no prédio da Câmara. A Polícia Militar foi acionada e conduziu Boca Aberta à Central de Flagrantes. No entanto, Boca Aberta nega as acusações de insultos. Ele afirma que estava na Câmara para gravar um vídeo com denúncias sobre um suposto aumento no número de vereadores e o uso de carros alugados pela Casa Legislativa. De acordo com sua versão, após a gravação, foi abordado por Santão e três assessores, tendo sido agredido com chutes e socos e ameaçado com uma arma. Ele alega ainda que foi ele quem deu voz de prisão ao vereador.

A confusão se intensificou quando a ex-vereadora Mara Boca Aberta também foi detida por Santão, sob a alegação de desacato, após uma discussão entre ela e o vereador na Central de Flagrantes. Ambos, Mara e Boca Aberta, realizaram exame de corpo de delito. Boca Aberta foi solto ainda na quinta-feira após assinar um Termo Circunstanciado. Ele e Santão afirmaram que pretendem levar o caso à Justiça. O vereador Santão declarou também que irá solicitar uma medida protetiva. O ex-parlamentar Emerson Petriv, que já teve seus mandatos cassados tanto na Câmara de Londrina quanto na esfera federal, voltou a protagonizar uma polêmica que agora será decidida nas instâncias judiciais.