Tentativa de invasão na sede da CIA e ataque a tiros em Washington elevam tensão nos EUA
Mulher tenta invadir base da CIA na Virgínia e dois funcionários da Embaixada de Israel são mortos em crime investigado como antissemitismo em frente ao Museu Judaico

A sede da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), localizada em Langley, na Virgínia, foi alvo de uma tentativa de invasão na madrugada desta quinta-feira (22). Segundo informações da NBC News, uma mulher foi baleada ao tentar forçar a entrada no complexo pela via de saída, desobedecendo ordens de parada dos seguranças. A agência, no entanto, não confirmou o disparo, apenas informou que a pessoa foi “abordada” e está sob custódia. De acordo com uma fonte da agência Reuters, a suspeita é uma cidadã americana com histórico de dirigir sob efeito de álcool. O incidente ocorreu por volta das 4h da manhã (horário local) e levou ao fechamento do portão principal da sede da CIA, com orientação para que funcionários buscassem rotas alternativas.
Pouco antes desse episódio, a capital Washington registrou outro fato grave: dois funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos foram mortos a tiros nas proximidades do Museu Judaico. As vítimas, identificadas como Sarah Milgram e Yaron Lischinsky, eram um casal e haviam acabado de sair de um evento no museu quando foram alvejadas na rua.
O autor dos disparos, Elias Rodríguez, foi preso minutos depois. Segundo testemunhas, ele chegou a entrar no museu desarmado após o crime e confessou o ataque. “Ele disse: ‘Eu fiz isso, eu fiz isso por Gaza’”, contou Katie Kalisher, uma designer de 29 anos que participava do evento.
O governo dos Estados Unidos classificou o ataque como um crime de antissemitismo. “Esses assassinatos horríveis em D.C., claramente motivados por antissemitismo, precisam acabar, agora! O ódio e o radicalismo não têm lugar nos EUA”, declarou o presidente Donald Trump.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, também se manifestaram, chamando o crime de “ato de terrorismo antissemita perverso”. A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, afirmou que as investigações estão em andamento e que o governo trata o caso com máxima prioridade.