Tornozeleira eletrônica de Silvinei Vasques é encontrada no Paraguai, diz polícia
Dispositivo foi localizado na rodoviária de Cidade do Leste e será enviado às autoridades brasileiras para procedimentos legais

A polícia do Paraguai informou que a tornozeleira eletrônica utilizada pelo ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi localizada na madrugada desta segunda-feira (29). O equipamento estava na rodoviária de Cidade do Leste, região de fronteira com o Brasil, e foi identificado após cooperação com autoridades brasileiras.
Segundo a corporação paraguaia, o dispositivo foi encontrado por policiais da 3ª Delegacia do bairro Obrero. Diante da situação, os agentes acionaram o Comando Tripartite para dar andamento às apurações.
A tornozeleira, homologada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e registrada em nome de uma empresa brasileira de tecnologia, foi encaminhada às autoridades do Brasil para os procedimentos legais. Até a última atualização, a Polícia Federal ainda não havia recebido o equipamento para realização de perícia.
Silvinei Vasques foi preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no dia 25 de dezembro, e posteriormente expulso do país por não declarar a entrada em território paraguaio e por possuir mandado de prisão em aberto no Brasil.
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a mais de 24 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, Vasques é acusado de atuar no monitoramento de autoridades e de dificultar a votação de eleitores, especialmente na região Nordeste. Conforme as investigações, ao tentar deixar o Brasil, ele rompeu a tornozeleira eletrônica e seguiu para o Paraguai.
Ainda de acordo com as autoridades, o ex-PRF foi detido ao tentar embarcar para El Salvador utilizando documentos falsos. Ele se apresentou com a identidade de “Julio Eduardo” e chegou a declarar à polícia paraguaia que teria câncer na cabeça e não poderia falar. O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva.
O diretor de Migrações do Paraguai, Jorge Kronawetter, informou que, após a comparação de fotografias, numeração e impressões digitais, foi confirmada a verdadeira identidade de Silvinei Vasques. Durante a abordagem, ele acabou confessando que os documentos apresentados não eram seus.

