Trump afirma que bombardeios terrestres contra o narcotráfico na América Latina podem começar em breve

Presidente dos Estados Unidos declarou que ações militares por terra podem ser ampliadas contra alvos ligados ao narcotráfico na América Latina, aumentando a tensão na região

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que bombardeios terrestres contra alvos ligados ao narcotráfico na América Latina podem começar em breve. A declaração foi feita durante uma reunião de gabinete e sinaliza uma intensificação da postura militar norte-americana na região.

Segundo Trump, as ações por terra seriam uma extensão das operações já realizadas no mar contra embarcações suspeitas de transportar drogas. O presidente declarou que qualquer país envolvido no envio de entorpecentes para os Estados Unidos poderá se tornar alvo. Ele afirmou ainda que as forças americanas já possuem informações detalhadas sobre rotas, locais e pessoas ligadas ao tráfico, o que tornaria as operações terrestres mais eficazes.

Embora não tenha citado diretamente a Venezuela, o país aparece como um dos principais focos da estratégia. Desde setembro, operações navais dos Estados Unidos resultaram na destruição de embarcações e na morte de mais de 80 pessoas, muitas delas em ações relacionadas a rotas que partiriam de portos venezuelanos. O governo norte-americano considera a Venezuela um importante ponto de distribuição de drogas na região.

De acordo com informações do jornal The Wall Street Journal, a administração dos Estados Unidos avalia planos de ataque a instalações militares venezuelanas, como portos e aeroportos, que seriam usados para o transporte de entorpecentes. Trump também voltou a acusar o presidente Nicolás Maduro de liderar o chamado “Cartel de Los Soles”, acusação que é negada pelo governo venezuelano.

Maduro, por sua vez, afirma que o combate ao narcotráfico estaria sendo utilizado como justificativa para uma possível intervenção militar. O governo da Venezuela tem feito apelos para evitar uma escalada do conflito e acusa os Estados Unidos de fabricarem pretextos para ações armadas.

As declarações de Trump também incluíram críticas à Colômbia. O presidente afirmou que laboratórios de cocaína continuam ativos no país e que drogas seguem sendo enviadas aos Estados Unidos. Em resposta, o presidente colombiano, Gustavo Petro, afirmou que a Colômbia tem desempenhado papel central na apreensão de grandes quantidades de cocaína e convidou Trump a visitar o país para acompanhar as ações de combate ao narcotráfico.

Dados do Relatório Mundial sobre Drogas da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que a maior parte da cocaína consumida nos Estados Unidos tem origem na Colômbia, no Peru e na Bolívia. Já o fentanil, responsável por grande parte das overdoses no país, é produzido majoritariamente no México, o que evidencia a complexidade das rotas e das organizações criminosas envolvidas.

Desde setembro, os Estados Unidos intensificaram a presença militar no Caribe, com envio de navios, aeronaves e equipes de inteligência. O governo norte-americano afirma que a mobilização tem como objetivo combater redes internacionais de narcotráfico.

O conjunto das declarações e movimentações militares aponta para um cenário de tensão crescente na América Latina. Segundo a Casa Branca, eventuais novas ações dependerão de avaliações contínuas de segurança nacional e do monitoramento das atividades ligadas ao tráfico de drogas.

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