Trump quer alterar receita da Coca-Cola e diz fabricante usará açúcar de cana nos EUA

Presidente americano afirma ter fechado acordo com a marca; medida enfrenta críticas da indústria do milho e gera expectativa nos consumidores

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Foto: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (16) que a Coca-Cola passará a usar açúcar de cana em vez de xarope de milho nas bebidas vendidas no país. A declaração foi feita na rede Truth Social, onde Trump escreveu: “Tenho conversado com a Coca-Cola sobre o uso de açúcar de cana de verdade na Coca nos Estados Unidos, e eles concordaram em fazer isso”. Ele completou: “Será uma boa iniciativa deles — vocês vão ver. É simplesmente melhor!”

Embora Trump tenha anunciado a mudança como certa, a Coca-Cola não confirmou oficialmente a alteração na fórmula. Em resposta, um porta-voz da empresa agradeceu o “entusiasmo do presidente” e prometeu “mais detalhes sobre novas ofertas inovadoras em nossa linha de produtos Coca-Cola em breve”. Atualmente, a Coca-Cola vendida nos EUA é adoçada com xarope de milho com alto teor de frutose, enquanto em países como Brasil, México, Reino Unido e Austrália, a empresa utiliza açúcar de cana — ingrediente apontado por muitos como o responsável por um sabor mais autêntico e preferido por alguns consumidores.

A mudança sugerida por Trump tem apoio do secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., que lidera o movimento Make America Healthy Again e defende a retirada de ingredientes como xarope de milho, óleos de sementes e corantes artificiais dos alimentos e bebidas industrializados. Por outro lado, a medida gerou reação da Associação de Refinadores de Milho, que alertou para os impactos econômicos. O presidente da entidade, John Bode, afirmou que a substituição pode custar milhares de empregos, reduzir a renda agrícola americana e aumentar a importação de açúcar estrangeiro, sem trazer “nenhum benefício nutricional”.

A Coca-Cola, por sua vez, já vinha sinalizando mudanças no portfólio para reduzir o açúcar nas bebidas. Em abril, o CEO James Quincey disse a investidores que a empresa tem reformulado produtos e promovido novas opções com menos açúcar.

Trump, notoriamente fã de Diet Coke — adoçada com aspartame, um adoçante artificial controverso —, chegou a instalar um botão na mesa do Salão Oval para pedir o refrigerante durante seu mandato anterior. A contradição entre seu hábito e o discurso de saúde tem gerado comentários nas redes. A possível mudança reacende debates sobre saúde pública, preferências de consumo e impactos econômicos em setores estratégicos dos EUA. Resta agora acompanhar se a Coca-Cola realmente adoçará sua tradicional fórmula americana com açúcar de cana — e qual será a reação do mercado e dos consumidores.

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Redação Paiquerê FM News

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